SALVEMOS A NOSSA TERRA MÃE
Não são as revoluções ou convulções sociais,
e muito menos as guerras
que nos levam à Liberdade e à PAZ!
Não é fora de nós que está o inimigo, seja ele pobre ou rico.
O mundo muda e gira há milhões de anos,
em mutações de espécies, transformaçoes e descobertas.
O homem percorreu séculos de aventura e luta.
Descobriu a vacina da tuberculose e a bomba atómica...
Foi á Lua e a Marte, criou o inferno,
e nada mudou dentro de si mesmo.
Muito mais difícil do que descobrir mundos por fora,
é descobrirmos quem somos, ou ir dentro do nosso próprio Ser...
Mais difícil do que atravessar mares nunca dantes navegados,
atravessar planícies e desertos, derrubar muros,
ou ir a um qualquer longínquo planeta,
é remover toda a ignorância dos escombros de culturas,
histórias e civilizações de povos
que ainda se degladiam e entre si se matam...
É ser-se o que se é sem medos nem pruridos,
É rezar a uma Deusa-Mãe esquecida,
Que sempre habitou dentro de nós:
Muçulmanos ou Hindus, Cristãos e Judeus,
Agnósticos ou ateus,
pois todos viemos e vivemos n' Ela....
Repudiemos a guerra com todas as forças da nossa alma,
porque isso conta no Universo inteligente...
O CÁLICE E A ESPADA - O LIVRO
Excertos
Pareceria inteiramente lógico que o visível dimorfismo, ou diferença de forma, entre as duas metades da humanidade tivesse um efeito profundo nos sistemas de crença paleolíticos. E pareceria igualmente lógico que o facto de tanto a vida humana como animal ser gerada pelo corpo feminino e de, à semelhança das estações e da lua, o corpo da mulher percorrer igualmente ciclos, levasse os nossos antepassados a encarar sob forma feminina, em vez de masculina, os poderes que geram e sustentam a vida do mundo.
Em Creta, pela derradeira vez na história registada, parece ter prevalecido um espírito de harmonia entre mulheres e homens, como participantes joviais e iguais na vida. É este espírito que parece iluminar a tradição artística de Creta, uma tradição que, ainda nas palavras de Platon, é única no seu "prazer da beleza, da graça e do movimento" e na sua "fruição da vida e proximidade da natureza".
Dirigidas ao público original da Bíblia -- o povo de Canaã, que recordaria ainda os terríveis castigos infligidos aos seus antepassados pelos homens que trouxeram consigo os novos deuses da guerra e do trovão --, as consequências horríveis da desobediência de Eva às ordens de Jeová eram mais do que uma alegoria sobre o carácter "pecaminoso" da humanidade. Eram um aviso claro para ser evitada a adoração ainda persistente da Deusa.
Seja em nome da defesa nacional, como nos EUA e na URSS, ou do santo nome de Deus, como no mundo muçulmano, a guerra e a preparação para a guerra servem para reforçar não apenas a dominância e violência masculinas, como o ilustram tanto a Alemanha de Hitler como a Rússia de Estaline, mas igualmente a terceira componente fundamental do sistema, o autoritarismo. Os tempos de guerra fornecem a justificação para lideranças "musculadas".
Estas novas formas de visualizar a realidade, tanto para mulheres como para homens, estão na origem de novos modelos da psique humana. O antigo modelo freudiano via os seres humanos basicamente em termos de pulsões elementares, como a necessidade de alimento, sexo e segurança. O modelo mais recente proposto por Abraham Maslow e outros psicólogos humanistas leva em conta estas necessidades elementares "defensivas" mas reconhece também possuírem os seres humanos um nível superior de necessidades de "crescimento" e "realização" que nos distinguem dos outros animais.
RIANE EISLER
RETIRADO DO "VIA ÓPTIMA" - EDITORES
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