O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 03, 2003


LANÇAMENTO DO MEU LIVRO

NO CONVENTO PALÁCIO DA TRINDADE


AS Fotografias que aqui tinha colocado desaparecem todas,
não sei se por defeito meu se do servidor...

Tentarei repô-las logo que saiba como...

No seu lugar deixo um poema do livro...




“Vi, Senhora, dias sombrios, meses tristes e anos de ânsia,
Vi, Senhora, catástrofes, desordens e violências”.


Senhora minha, Mãe misericordiosa,
Neste mundo eu sou todas as mulheres
Que neste planeta sofrem há milénios...
Sou a vagabunda, a prostituta, a estrangeira e a louca...
Sou a inválida, a doente, a desgraçada e a histérica;
Sou a mulher árabe condenada a cobrir o rosto
Proibida pelos homens de falar, sorrir e olhar.
Sou todas as mulheres perseguidas e queimadas
Nas fogueiras da Inquisição, que eu não esqueço!

Senhora dos Oráculos, dá-me a tua Visão de Paz e Amor
Ouve a minha prece: vem a este Mundo e impera!
Ó vem e salva a terra e a nós mulheres, desta barbárie.



in "ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO"

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