O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 17, 2003


SOMOS SERES "MUTANTES"...

A perda das crenças demasiado caducas face a uma ciência que esclarece dogmas e das ideologia como suportes para uma religião e moral ou ideal respectivamente, ou a simples queda das filosofias que orientavam o mundo e que lhes dava um suporte ético, através de pressupostos democráticos e outros, leva-nos por um lado à consciência do relativo que é a ideia de ordem e civilização a partir das ideias humanas, e por outro à desmistificação das mesmas e o que surge no seu lugar é o instintivo animal à solta e a ordem do mais forte que predomina nas sociedades bárbaras e patriarcais, em que impera a lei do mais forte, desde há milhares de anos.

Retirado o verniz (de ferro!) das culturas democráticas, socialistas ou comunistas voltamos ao domínio absoluto do mais forte que leva aos regimes e governos totalitaristas e bélicos, sem qualquer respeito pelo ser humano homem ou mulher,
estados ou países. Suprimindo a própria cultura no que esta tinha de elevação e procura do belo, como expressão do
esforço humano para se encontrar acima do seu condicionalismo animal-mental, para a por ao serviço dos mercados e do
que é vendável, quer de si próprio como imagem-ego, como o seu produto artístico ou outro. Suprimindo o espírito ou a
essência como origem do ser absoluto, pelo culto do materialismo exacerbado, a humanidade fica à mercê de uma nova barbárie que é a forma como as novas
sociedade bélicas que imperam pelo seu poder económico e armamento sofisticado dominando o mundo pelo consumo agressivo dos seus produtos e a violência das armas.

Acima de qualquer ética, leis e tratados como acaba de acontecer na nossa cara, na invasão dos “países aliados” ao Iraque como uma cruzada inconsciente entre os velhos fantasmas de bem e mal, mas disfarçada ou mascarada de valores de justiça e igualdade e em nome da demagogia da grande democracia que não passa de um cadáver pestilento no rasto dos mortos que deixa em cada guerra que em seu nome se pensa e fabrica ocultando os verdadeiros motivos que são sempre o domínio do mais forte sobre o mais fraco!

(continua)


ENTRETANTO PODE ESCREVER-ME PARA:
ROSA LEONOR

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