O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, agosto 03, 2003



Daqui de cima só vejo
"Sinais de Fogo"




Ah! estas árvores! Estas árvores!

Cheiram a princípio do mundo.

Um mundo de seiva

Que não foi criado com lágrimas

Nem soluços de deuses,

Mas com espadas de fogo

fundas como terramotos

a fenderem o pasmo dos vulcões

E queres tu criar não sei o quê

Com o espírito que paira nas

lágrimas dos pobres



José Gomes Ferreira,

in «A morte de D. Quixote»,





NOTA À MARGEM

Quando a Natureza Mãe estiver toda a arder e os animais mortos e não houver mais sombras nem frutos nem oxigénio na Terra, os bandidos e os criminiosos que lançam as bolas de fogo de aviões- espanhóis ou portugueses e outros quaisquer - e as armas ferrugentas e Tortas compradas pelos governantes aos americanos "para inglês ver" de nada valerá o VIL METAL aos "homens de cabeça pequena e pés a condizer". Querem cobrir o chão de betão e cimento ou comprar a lenha queimada mais barata? Eles não vêm, na sua soberba e destruição sistemática do Planeta, que dentro em breve não haverá nada para comer...
Engolirão eles dólares ou euros? Ou matar-se-ão por uma codea de pão?...


Rosa Leonor Pedro

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