O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, agosto 31, 2003

"EVITAR O SOFRIMENTO, É CORRER O RISCO DE SE PERDER EM ABSTRACÇÕES QUE NADA TÊM A VER COM A REALIDADE HUMANA."

e.m. Cioran



O AMOR...

“O amor é destruidor de uma sociedade organizada porque ele isola dois seres, que se bastam a si mesmos e isso reflecte-se contra o quadro jurídico existente.”


“A Mulher, a Mulher autêntica, reintegrada a sua plenitude e poder faz medo a esses sub-produtos que são os homens numa sociedade paternalista.”


Jean Markale



O "PECADO" É POIS SER MULHER...


"Quero ter a liberdade de dizer coisas sem nexo como profunda forma de te atingir. Só o pecado me atrai e amo o pecado, a flor do pecado... Eu quero a desarticulação, só assim sou eu no mundo. Só assim me sinto bem... Eu na minha solidão quase vou explodir. Morrer deve ser uma muda explosão interna: o corpo não aguenta mais ser corpo...
E se morrer for um prazer, um egoísta prazer?"


"A salvação só é possível através da criação. E haverá outro modo de salvar-se? Senão o de criar as próprias realidades?"


CLARICE LISPECTOR, EXCERTOS

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