O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 19, 2005



ELA É O CENTRO DA MAGIA...

"Ela é o centro da magia, do cântico mágico
e enfim da poesia, pois a situação extática da vidente
resulta de ela ser dominada por um espírito que irrompe dentro dela,
o qual se pronuncia a partir dela , ou melhor, que nela se denuncia e
se manifesta, em forma de invocação rítmica e intensa.
Ela é a fonte de onde Odin obteve as runas da sabedoria, bem como a Musa,
a origem das palavras que fluem do âmago do poeta e sua anima inspiradora."


in "A GRANDE MÃE"

“O Cálice parece-se com uma taça ou um recipiente e, o que é mais importante, a forma do ventre feminino. Este símbolo expressa feminilidade e fertilidade.


O Graal é, literariamente, o símbolo antigo do feminino, e o Santo Graal representa a divindade feminina e a Deusa, que por suposto se tinha perdido, suprimida de raíz pela Igreja. O poder da mulher e a sua capacidade para engendrar vida foram noutro tempo algo de muito sagrado, mas representava uma ameaça para a ascenção da Igreja predominantemente masculina e por essa razão a divindade feminina começou a ser diabolizada pela Igreja que considerava a mulher impura. Foi o homem, e não Deus, quem criou o conceito de pecado original, pelo qual dizia a Eva comeu a maçã e provocara a queda da humanidade. A mulher antes sagrada e a que engendrava a vida converteu-se na inimiga. (...)”
*

* in O CÓDIGO DE DA VINCI

NOTA À MARGEM:
porque reagem os patriarcas ao "Código de da Vinci"?


Pervertendo a Génese, para derrotar o culta da Grnde Mãe, os patriarcas da Igreja inicial, inverteram os sentidos da criação, traindo a harmonia dos princípios, dizendo que “Eva foi criada a partir de uma costela de Adão. A mulher converteu-se assim num apêndice do homem. A Génese é o princípio e o fim da Deusa.”

Dando deste modo força a um só princípio e suportando a história de uma metade da humanidade-homem(princípio masculino) em detrimento do princípio feminino, condenando o mundo a um permanente desequilíbrio, pela dominação do princípio masculino que subjugou a outra metade mulher pela força do falo-espada e da guerra com a repressão de todos os valores do feminino nomeadamente a própria Mulher e a sua liberdade.

R.L.P.

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