O DESPERTAR DA VERDADEIRA
CONSCIÊNCIA DO SER MULHER:
(...)
PARA EVITAR O DESASTRE, A MULHER TEM DE NOVO REENCARNAR A DEUSA
NA TERRA,
DE RECUPERAR COLECTIVAMENTE A MEMÓRIA DE QUEM É,
DE REAPRENDER A ARTE DE CURAR,
DE SE ASSUMIR DE NOVO COMO GUARDIÃ DO GRANDE ÚTERO FERIDO
QUE É A TERRA
DANDO AS MÃOS ENTRE SI PARA A TRATAR
RESTITUINDO-LHE A CAPACIDADE DE CRIAR
(...)
IN Os Portais do Tempo
de Antónia de Sousa
ed. ART-FOR-ALL
AO CONTRÁRIO DAS DEUSAS...
As mulheres de hoje falam dos deuses e dos homens...as mulheres que falam e escrevem. Ás vezes falam delas...
Falam naturalmente pelas suas palavras (deles) e pela sua boca e intelecto. Com eles aprenderam o que hoje sabem e por isso as mulheres eruditas falam e julgam que sabem...
E Têm razão...elas falam por eles...
Falam dos homens e como os homens.
A sua palavra é forte e racional...elas todas fazem coro com as faces de Eva...
A Eva que eles e o seu Deus tiraram de uma sua costela, para o contentar depois de Lilith se recusar a ficar por baixo ...
A Eva que se cala e fala segundo as suas ordens e a Ordem vigente que eles controlam e vigiam nas suas palavras. As mulheres são corajosas e vão à guerra: dizem mesmo “são mulheres de armas” e matam e torturam no Iraque...
Tem muitas faces a Eva e consegue mostrá-las desde que tenha a coleira...ou a marca do dono...são deputadas professoras e catedráticas doutoras e afilhadas...são doutas as mulheres que falam como os homens e vão à guerra e lutam por causas deles...
Mas há as outras que se mantêm na sombra...as mulheres que dão corpo à sua miséria e sexo...as mulheres abjectas que as Evas rejeitam e detestam...são as “outras”...as sempre vítimas e mal vistas, as repudiadas, as infelizes, que não fazem parte dos quadros nem das famílias e abortam em desespero ou abandonam e matam os filhos na máxima miséria...Essas que são presas...que se vendem nas esquinas ou nas boites de alterne...e as "mães honestas de Bragança" ou de outro sítio qualquer perseguem e lhes dão caça como às bruxas de outras eras...
rosa leonor pedro
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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