O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 31, 2005

 
PORQUE SOU PAGÃ...

Fui sempre desde muito nova, e sou profundamente ainda mais, adversa ao “cristianismo”, ao judaismo e ao islamismo e a toda as religiões patriarcais. A minha rejeição instintiva da religião foi sempre visceral e inconsciente… Mas tenho memórias celulares de uma fé que torturou e matou milhares de seres humanos e queimou vivas milhares de mulheres.
E mesmo tendo hoje em conta - com algumas informações que possam ser mais fidedignas - que o Cristianismo possa ter uma dimensão superior de entendimento (o gnosticismo) e um valor de princípio dentro das várias cosmogonias do mundo e a “pessoa” de alguns mestres tenha hoje para mim também algum valor representativo, nunca me senti ligada ao seu universo conceptual nem teológico. Nem Jesus nem Cristo nem o Criador fazem parte da minha perspectiva da Vida ou de Deus, e sou, com toda a consciência e pleno uso das minhas faculdades humanas alheia a qualquer religião ou dogma e não tenho nem nunca tive qualquer orientação religiosa. Nenhuma religião nem nenhum mestre ou deus me vincula a uma visão do universo senão a minha... e eu do tamanho que sou creio no Absoluto da Vida como Sagrada desde a sua Origem e numa Consciência Cósmica assim como numa Ordem Universal superior, onde não há deus nem anjos que nos valham, mas uma essência divina à qual todos pertencemos e dela somos centelhas, mas não me rege mais nada ao nível pessoal senão a minha intuição e percepção individual do que seja a realidade possível abrangida pelos meus sentidos alargados (o meu Ka os meus chakras e corpos subtis…) e a Inteligência do Coração.
O que seja A Grande Verdade que se nomeia por Deus deixo para um futuro em que essa relação com Ele/Ela, seja directa e não me restem dúvidas... Na Terra creio na Deusa Mãe, Gaia, e na Inteligência que a rege…
Pode ser a Mãe divina, a Matriz de toda a vida, Mãe dos homens e de deuses, a grande iniciadora, a Mulher como mediadora das forças cósmico ou telúricas, a que dá à Luz e dá Luz e inicia o homem ao amor da Deusa; seja ela a Mulher primordial tanto como pode ser essa Deusa como a Mulher Real, Dama Rainha ou Musa.
E com isto eu sei, não podia ser nem mais controversa nem mais adversa a todas as crenças fés ou ideias e religiões… mas hoje, mais do que nunca, congratulo-me por isso.
Rosaleonorpedro


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