ORAÇÃO PELA PAZ...
Grande Deusa, Santa Pomba da Paz, ouve as Tuas filhas que Te chamam de novo após séculos; pois elas são as mães que dão vida à humanidade. Conhecem o esforço de dar à luz e de criar. Sabem que a guerra representa um desperdício do seu esforço precioso, e a desacralização da Tua Terra.
Piedosamente, Mãe, dá às Tuas filhas o poder de se oporem às forças da guerra,
de impedirem a destruição agressiva, de estabelecerem as Tuas leis de paz e relacionamento.
Ajuda as mulheres a educarem as suas crianças com ensinamentos de paz.
Ajuda os homens a resistirem aos mitos da glória no conflito.
Ajuda-nos a todos a respeitar a vida mais do que a conquista.
Permite que o retorno da imagem da Mãe Divina anuncie uma nova era, na medida em que as mulheres de todas as nações se relacionem umas com as outras com compreensão, sob o teu símbolo. Permite que aqueles que não compreendem os mistérios da maternidade sejam guiados pelos que os sabem.
Afrodite Columba, Pomba Sagrada, deixa que as necessidades espirituais daqueles que anseiam por Ti sejam enfim satisfeitas.
Possa a nossa oração erguer-se a Ti tal como a pomba branca ascende pelas suas asas.
Sejamos abençoadas.
BARBARA G. WALKER
"A Grande Deusa, cuja adoração fora outrora o núcleo ideológico de uma sociedade mais pacífica e equalitária, não se dissipou completamente. Embora ela não seja mais o poder supremo que rege o mundo, é ainda uma força de respeito - uma força que mesmo na Idade Média europeia era reverenciada como Mãe de Deus. Apesar de séculos de proibições proféticas e sacerdotais, a sua adoração não fora completamente erradicada. Como Horus e Osiris, como Hélio e Dionísio, e, muito antes destes, como o jovem deus de Çatal Huyuk, e como a jovem deusa Perséfone, ou Kore, nos antigos Mistérios de Elêusicos, também Jesus é ainda filho de Mãe dvina. De facto ele é ainda o filho da Deusa e, como as anteriores crianças divinas, simboliza a regeneração da natureza através da sua ressurreição em cada primavera, na Páscoa."
in O CÁLICE E A ESPADA de Riana Eisler
Sem comentários:
Enviar um comentário