A URGÊNCIA DA CONSCIÊNCIA DO FEMININO
(...)"Buscamos movimentos de consciência. A energia feminina, portadora da magia e da intuição, concordou em abdicar dessas qualidades – energia feminina significando não apenas os seres fisicamente femininos, mas a consciência feminina.
O movimento patriarcal nos últimos cinco mil anos afastou-se completamente do processo do nascimento para poder dedicar-se ao desenvolvimento de armas e ao contínuo aniquilamento dos seres humanos.
As mulheres estão com um “nó na garganta” porque concordaram, há quatro ou cinco mil anos, manter silêncio acerca da magia e da intuição que representavam e conheciam como parte da chama gémea. A chama gémea consiste na energia masculina e feminina coexistindo num só corpo, quer seja ele fisicamente masculino ou feminino.
Durante este período de mudança, será necessário que as mulheres desatem o “nó da garganta” e se permitam falar. Chegou a hora.
BARBARA MARCINIAK, Mensageiros do Amanhecer
Ed. Ground, São Paulo, 1992
Quando aqui falo de uma Nova Consciência, falo de uma consciência inata ou de um estado de evolução individual que só é possível na integração dos dois pólos, feminino e masculino e pelo esforço e total sinceridade da pessoa humana consigo mesma, face às exigências de uma Nova Era e a um Novo Paradigma, o que implica uma verdadeira alquimia do ser.
Temos de para isso, de começar por Ter a Consciência do Feminino que falta no mundo, começando por respeitar a mulher como expressão desse princípio e formar sociedades equalitárias em que não haja um dos pilares superior ou inferior ao outro! Porque esse desnível existiu desde o princípio da história dos homens sem que em momento algum se solucionasse o problema de base é que a sociedade humana está num caos!
Falta o Feminino ao homem e à mulher para a mulher ser ela própria. Uma mulher que não aceite mais ser dividida em duas nem comprada ou vendida como mercadoria!
Dessa Nova Consciência vem o amor e a paz, que começa no respeito autêntico pelos outros e um mundo que nunca respeitou a mulher e a mãe como igual e sempre aceitou e promoveu a prostituição, e nenhum sistema ou religião lhe deu verdadeiramente - nomeadamente o Vaticano - o lugar que lhe pertence, nem lhe devolveu a integridade perdida desde que a Grande Deusa foi destronada e as mulheres feitas escravas ou domésticas, esse mundo e as sociedades só podem estar podres porque não pode haver democracia nem Paz sem o respeito absoluto pela Terra que nos dá de comer tanto como pela Mãe que nos dá à luz... e nos dá amor! Ou pela mulher que nos vê “ressuscitar” depois de morrermos...
A democracia está podre, como dizia José Saramago, como um “cadáver coberto por um pano negro” para ninguém ver, mas o seu cheiro pestilento atravessa os continentes...As armas e as guerras, a fome e a miséria, todos os desequilíbrios, sem que haja qualquer justiça nem verdade, pois não pode haver verdade nem justiça numa guerra, mas apenas a lei do mais forte a imperar, a ordem negra do caos a avassalar o mundo... e a sua matriz de controle.
Nesta sociedade o homem nunca deixará de ser apenas um animal enquanto tratar a mulher como uma besta de carga ou um instrumento de prazer. Seja em que parte do mundo for! O homem ao longo dos séculos aparentemente lutou pela igualdade do e liberdade do homem, mas esqueceu-se sempre da mulher, embora a fizesse representar em imagens essas qualidades!
Só haverá uma verdadeira Democracia neste mundo, quando a mulher estiver em absoluta paridade com o homem e os dois princípios que fazem a ordem do universo em equilíbrio total. Quando o homem e a mulher não forem apenas o macho e a fêmea e um dominar o outro como qualquer outro animal, mas seres integrados e universais vivendo essa união em si, entre si e entre o céu e a terra. Entre a “Deusa Mãe” e o “Deus Pai”...
É ABSOLETA A MISOGINIA DOS CARDEAIS E DOS GOVERNANTES...
Um Governo ou uma Igreja sem mulheres não pode ser legitimado...
PORQUE, O ESTADO E “A IGREJA NÃO PODE TRATAR METADE DA RAÇA HUMANA, COMO MEMBROS DE SEGUNDA CLASSE”.
r.l.P.
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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