NA ÚLTIMA “VISÃO”:
VESTIDAS PARA MATAR: 4 mil mulheres no exército português...
Uma revista que se pretende séria e debate os problemas nacionais e apresenta as questões de maneira correcta, oferece-nos uma reportagem, MULHERES EM ARMAS, e a referência a uma pugilista, campeã, a melhor pugilista portuguesa, parecida com a heroina de um filme americano.
Sim, tal como na América...
Se a dita Revista não fosse tão séria apresentaria apenas as famosas actrizes e modelos quase nus sentados em cima de pêras e bananas, ou as vedetas do “Curral das celebridades” e as suas plásticas, onde elas são os “animais” mais apreciados dos fadistas portugueses, ou teria como nas revistas mais machistas e populares, artigos semi-pornográficos de jornalistas evoluídas que dão o corpo, perdão, a escrita ao manifesto, mas para o prazer e deleite dos caros colegas...
Eu pergunto o que pode levar uma mulher a ir para o Exército aprender a matar ou uma mulher ter prazer em esmurrar outra mulher, por desporto? AINDA SE FOSSE PARA SE DEFENDER...ainda se fossem As Amazonas...
Esteja onde estiver a mulher tem de “fazer duas vezes mais do que o homem para merecer a sua confiança”, diz “uma soldado”...
E é dessas mulheres que são “como os homens” e seus pares, na política e na guerra, tirando as bonecas insufladas de silicone, que eles mais gostam e elogiam a “carreira”...?
Mulheres dentro de tanques de guerra ou de arma em riste, ou mulheres a debaterem-se pelo poder, é isso que é meritório e digno de destaque por uma revista de qualidade?NÃO EXISTEM OU NÃO SABEM O QUE É VERDADEIRAMENTE UMA MULHER?
Quão longe essas mulheres estão da mulher integra e total, e da sua dimensão sagrada, sem qualquer consciência do verdadeiro feminino!
A HIPOCRISIA E INCONGRUÊNCIA DOS PATRIARCAS
Mas então a Guerra, as armas, não são Anti-Vida?
Não será a guerra e o crime, mais perniciosos e devastadores do que a interrupção forçada da gravidez em risco de vida da própria mulher ou em caso de circunstâncias várias que a forçam a fazê-lo em detrimento da sua saúde? Nenhuma mulher fará um “aborto” de ânimo leve ou contra si mesma!
Porque continuam os Padres e Bispos e Cardeais no seu “Santo Ofício” a pregar contra AS MULHERES já de si amaldiçoadas por eles e sucessivamente perseguidas ao longo dos séculos? Que medo tem o Vaticano das mulheres que marginaliza e reprime e castiga com o seu discurso misógino há tantos séculos?
Nunca em momento algum a Igreja de Roma fez alguma coisa pela Mulher Real e o mais que fez, DEPOIS DE TER DESTRUIDO O CULTO DA DEUSA MÃE, foi elevar a Virgem Maria a “puríssima e imaculada, que concebeu sem pecado” a quem rezam separando-a bem da outra Mulher que é Maria Madalena, a Mulher e a Amante, que renegaram, como “prostituta” e que sofre as dores do filho-homem tanto como da filha-mulher, prostituída pelos homens! Todos os filhos mortos na guerra e no ódio do fundamentalismo religioso e os seus dogmas que durante milénios mataram em nome de Deus? Ninguém se lembra já das Cruzadas e da Inquisição?!
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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