“Não somente Myriam de Magdala é uma mulher, mas uma mulher que terá tido acesso ao “conhecimento”. E é neste sentido, sem dúvida, que na época de Jesus, ela era por isso considerada “pecadora”; ela não se conformava com as leis de uma sociedade onde o conhecimento era uma coisa de homens e em que as mulheres não tinham o direito de estudar os segredos da Tora nem questionarem os números claros ou obscuros das suas letras quadradas.
Os discursos que ela tem com os outros discípulos s´os podem irritar. Por quem é que ela se toma? Não só não lhe chega ser amada pelo Senhor como ainda apropriar-se do seu conhecimento e armar aos “iniciados”(...)”J.Y.L.
MONTSERRAT - O SAGRADO FEMININO
Na base deste preconceito secular ainda hoje na Igreja as mulheres não têm acesso aos sacramentos e no mundo católico em geral, mesmo depois das ideologias marxistas ou em democracia, o mesmo preconceito atinge as mulheres no acesso às chefias...como é absolutamente óbvio nos partidos políticos ou nos governos, sejam de esquerda sejam de direita, ainda é absolutamente notória – vimos a TVPIA totalmente ao serviço dos católicos - a sujeição do poder “temporal” à Igreja...madrasta! Como bem se viu:
O circo das exéquias
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Esta semana o turismo fúnebre virou-se para Roma. De todo o mundo afluem multidões impelidas pela pressão mediática, num tropismo lúgubre de sabor necrófilo. Políticos e clérigos exibem-se em promíscua cumplicidade, por entre multidões de devotos, num espectáculo de mútua indignidade e recíproca subserviência.
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O Vaticano não tem maternidade, todo ele é um cemitério. A vida pouco conta naquele bairro, é um mero pretexto da retórica contra o aborto. A morte, essa sim, é a matéria prima de que se alimenta a fé, a angústia e o medo.
Os festejos fúnebres duram uma semana. Os abutres que velam o cadáver exultam com a morte e exaltam o sofrimento. A comunicação social amplia a vertigem mortuária e promove a orgia fúnebre a que não falta a adequada coreografia para comover os fiéis e dilatar a fé.
O espectáculo é obsceno. Recria-se o esplendor da contra-reforma servido por modernos meios de comunicação. Onde está o respeito por um cadáver que se exibe e explora? Mas que pode esperar-se do Estado totalitário que nunca assinou a Declaração dos Direitos Humanos do Conselho da Europa?
# um artigo de Carlos Esperança, publicado às 17:28 # 20 comentários # debater #
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