(...)
Ah! Era dourada a sua imagem e, como os teus
os seus olhos brilhavam doces na alvorada...
Outras vezes íamos ver Shekmit, evocar a deusa Bastit,
a quem me ensinavas a amar nas noites de luar.
E como a gata do templo, tu dançavas e esvoaçando as tuas vestes
deixavam antever o teu corpo nu de estátua.
E eu extasiada pela tua visão, não sabia se eras tu
ou a própria deusa incarnada quem para mim dançava.
Nesse tempo era feliz !
Amava a vida e a terra ainda era sagrada.
rosa leonor pedro
IN antes do verbo era o útero
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