O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, setembro 28, 2007

bastit a deusa gata...


(...)

Ah! Era dourada a sua imagem e, como os teus

os seus olhos brilhavam doces na alvorada...



Outras vezes íamos ver Shekmit, evocar a deusa Bastit,

a quem me ensinavas a amar nas noites de luar.

E como a gata do templo, tu dançavas e esvoaçando as tuas vestes

deixavam antever o teu corpo nu de estátua.

E eu extasiada pela tua visão, não sabia se eras tu

ou a própria deusa incarnada quem para mim dançava.



Nesse tempo era feliz !

Amava a vida e a terra ainda era sagrada.



rosa leonor pedro

IN antes do verbo era o útero

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