Só isso explica a vontade tácita de amordaçar a mulher simbolicamente...e não é isto que mais ou menos ainda todos os homens querem?
Estes e outros "pequenos" pormenores da Moda, a que a própria mulher deformada e alienada do significado da sua própria vida e natureza, que persegue a fama e o sucesso no mundo dos homens que lhes és óbviamente hostil, obedece fielmente a estes padrões que veiculam por todo o lado...de forma subtil e "artistica", na moda, na publicidade e nos Midea em geral.
Assim, porque não há-de o homem quando se enfurece ou lhe apetece, deitar água a ferver à cara da mulher, espancar as irmãs ou apunhalar a garganta da namorada? Isto só para falar de Portugal nestes últimos dias...
Porque em África o processo de "animalizar a mulher" e a destruir é mutilá-la logo no início da puberdade, ou mesmo mais cedo...
Mulheres assim já não constituem qualquer perigo para os homens da selva...
1 comentário:
Rosa, em todas as esferas o que se quer é calar a mulher. Privá-la do diálogo, do questionamento, mantendo-a dócil em seu lugar. Na moda, calam-nos com a preocupação exagerada com a vaidade e o corpo incutindo desde cedo que o nosso maior bem é o nosso físico. Calam-nos nos dizendo que somos misteriosas, impenetráveis, insondáveis, adjetivos que só servem para nos caracterizar como diferentes e impossíveis de se entender: "Não adianta saber o que querem as mulheres, pois são misteriosas..." Calam-nos quando nosso corpo é mostrado em revistas, em vídeos e em todo lugar como mero pedaço de carne. Calam-nos quando renegam os nossos processos naturais, nosso ciclos que são sujos, fedidos e que a todo custo tem que ser escondido e só mencionado quando precisam vender desodorantes íntimos, absorventes ou drogas. Calam-nos quando reinvindicamos divisão dos trabalhos domésticos, e por ousarmos levantar a voz, somos acusadas de loucas, de histéricas em constante estado de tpm. Calam-nos em nossa espiritualidade, pois em todas as religiões somos meras coadjuvantes e seguidoras, nunca as líderes, as guias ou as mestras...Calam-nos com a violência sobre os nossos corpos e a impunidade dos agressores. Calam-nos em todas as esferas e de todo jeito. E só mesmo a nossa união e conscientização do ser feminino é que nos libertará disso tudo. Como disse a Juliana, uma grande fraternidade de mulheres irmãs e unidas pelo amor e amizade. Um grande abraço, Igaci.
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