O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, setembro 28, 2007

a nostalgia da natureza

A LUA ONTEM AINDA ESTAVA MAGNÍFICA...
Tenho pena de não ter a antiga liberdade de pernoitar ao luar...de não ter essa liberdade de estar sózinha de noite na praia mesmo em frente da casa por medo sei lá de quê...Tanta suposta liberdade na violência e na agressividade, na porngrafia, na exposição absurda das coisas supérfulas, mas as coisas pequenas do sentir e do ser, no desfrutar da vida e da natureza ser quase impossível...se calhar, não só para uma mulher. Mas que estranho seria uma senhora andar na noite na praia sòzinha ao luar!...

Que saudades eu tenho dos tempos idos e dos templos pagãos e das deusas e da sua soberania...
Que saudades eu tenho da Natureza Mãe e da liberdade de me banhar no mar livre e encontrar um golfinho...
Posso dizer que os homens continuam escravos de si mesmos na sua ignorância e violência, mas digo que as mulheres foram escravas até de escravos, e hoje ainda sujeitas às perseguições abusos e violência masculina...
Será que ainda existem lugares de paz e de confiança na Terra? Sem ser, claro, os espaços fechados e isolados de turismo, falsos paraísos, onde as pessoas se refugiam durante as férias das prisões do trabalho e da cidade, da rotina. Onde os indígenas e indigentes não entram e são afastados por guardas armados?

Que liberdade é a nossa apenas garantida pela polícia? Onde chegamos nós? Para onde vamos...

1 comentário:

Durga disse...

Adorei este texto e realmente revejo muito nele ainda mais que vivo longe do mar por assim dizer, mas realmente o crescer so me trouxe mesmo menos liberdade...e eu que sonhava sempre em ser grande para ser livre...mal sabia eu que a verdadeira liberdade era aquela que eu disfrutava na infancia e na adolescencia.
E aproveite para dar esses passeios nocturnos na praia se puder para alem do bem que fazem a sensacao e indescritivel...
Boa noite