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“Imagine neste momento fazer trabalho de divã, trabalho de divã é pré-histórico, do ponto de vista da transmutação planetária. O trabalho de divã é o facto da Mãe chegar, abrir as comportas do inconsciente, o que é o inconsciente para Kali? Não é nada, é uma brincadeira de crianças.
Quando a garantia da axial idade está feita, não tem problema, seja feita a Tua vontade; então Eles começam a abrir as comportas e a Mãe divina desce, não tu, Ela vai descendo naquele elevador dourado e vai abençoando os demoniozinhos todos do teu inconsciente, com muito jeitinho, eles vão explodindo uns atrás dos outros. Por que? Porque a substância é criada pela mente da Mãe, a Mãe é o Circuito da Mente universal. É a mente Dela que gera o Universo.
O Filho é a Mente de Ligação, o Pai é a Mente de Ignição e a Mãe é a Mente de Sustentação, no nível do Circuito da Mente cósmica de Sustentação está entre outras coisas interessantes o nosso inconsciente.
Portanto para a Mãe basta deixar de pensar numa coisa e ela desaparece, vocês entendem o que é Virgem. O poder das Matrizes femininas sobre a substância, nas duas direcções. Porque Mãe é aquela que te devora por um lado e te dá a luz pelo outro. É aquela que dissolve esta forma para te fazer nascer mais adiante; isto é, Shiva faz a rotação mas a Mãe é que lida com o trabalho sujo.
Quem é este Ser? Quem é a Mãe? A medida que nós nos percebemos integrados a vibração de Miz Tli Tlan, tu começas a ser visitado por uma Doçura cósmica hiper-lúcida, provavelmente já não é uma ordem impreterível sobre tua consciência, mas é uma Ondulação de infinita doçura sobre os teus veículos. Tu começas a perceber que o teu corpo astral tem sede de um outro nível de sentimentos, tu começas a perceber que os sentimentos conhecidos não são todos os sentimentos possíveis.A Mãe diz: Toda a energia é uma só, todas as experiências de sensibilidade de sentimentos são diferenciações da única grande experiência de Sensibilidade e de Sentimento. No corpo emocional a Mãe vai fazer descer uma Doçura implacável, um Carinho terrível, uma Pureza erótica, uma Transubstanciação.(...)
André Louro de Almeida
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
2 comentários:
É impressionante como aspectos como este de Kali fizeram e ainda fazem arrepiar-se os patriarcalistas...
A Mãe, dúbia, universal... que doa a Vida e domina a Morte...
Somente o entendimento profundo da linguagem cíclica do Universo-Deusa pode transpor o dogma da morte.
Mas isso, seria tão terrível para os configuradores da educação, quanto reconhecer os outros tantos aspectos da Deusa, que há séculos a figura do deus de barro, macho,castrador e belicoso tenta ocultar.
Pois é meu amigo, mas até as mulheres recusam e têm medo dessa parte de si...e como você diz "Somente o entendimento profundo da linguagem cíclica do Universo-Deusa pode transpor o dogma da morte."
Um grande abraço!
rosa leonor
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