O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, novembro 05, 2009

MULHER RECORDA-TE...




"Houve um tempo em que não eras escrava, lembra-te disso. Caminhavas sozinha, alegre, e banhavas-te com o ventre nu. Dizes que perdeste toda e qualquer lembrança disso, recorda-te...Dizes que não tens palavras para descrevê-lo, dizes que isso não existe. Mas lembra-te. Faz um esforço e recorda-te. Ou se não o conseguires, inventa."

Citação tirada de “O Livro de Lilith” – Bárbara Black Koltuv
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“Revela-se na mulher a natureza do Eterno Feminino, que transcende todas as suas encarnações terrenas – cada mulher e cada símbolo individual. A emergência do arquétipo da Feminilidade em todas as culturas, em todas as épocas e entre todos os homens, desde a pré-história, constitui também a realidade da mulher moderna, seus sonhos e visões, suas fantasias e impulsos, suas projecções e relações, suas fixações e mutações.

*
A Grande Deusa encarna o Ser Feminino, que se manifesta tanto na história do género humano quanto em cada mulher individual; a sua realidade determina a vida individual e colectiva. Esse universo psíquico arquetípico está contido no poder subjacente que, ainda hoje – em parte com os mesmos símbolos e na mesma ordem de desenvolvimento, em parte com modalidades e variações dinâmicas -, determina a história psíquica do homem e da mulher actuais”.

Erich Neumann


6 comentários:

Juliana Xavier disse...

nossa eu virei seu livro do avesso procurando esse texto...
revirei o blog tbm... e nada...

felizmente vc postou de novo...

bjuuuuuuuuuux

eu te adorooooooooooooooooooo

jozahfa disse...

Bonito...

Anónimo disse...

"Mulheres que querem ser iguais aos homens, carecem de ambição." Desconheço a autoria
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"Se as mulheres entenderem por emancipação a adoção do papel masculino, então estamos na verdade perdidos. Se as mulheres não puderem contrabalançar a cegueira da arremetida masculina, a velocidade agressiva descambará para seus extremos lunáticos numa velocidade sempre crescente. Quem salvaguardará as desprezadas faculdades de compaixão, simpatia, inocência e sensualidade?

(...)Poder da mulher significa a autodeterminação das mulheres, e isto quer dizer que toda a bagagem da sociedade paternalista terá de ser jogada fora. A mulher deve ter oportunidade e campo para idear uma moralidade que não a desqualifique para o aprimoramento e uma psicologia que não a condene ao status de uma aleijada espiritual. As penalidades por tal delinqüência podem ser terríveis, mas ela tem de explorar a escuridão sem nenhum guia. Pode parecer de início que ela meramente troca um modo de sofrer por outro, uma neurose por outra. Mas ela pode, por fim, reivindicar, ter feito uma escolha definida que é o primeiro pré-requisito de ação moral. Pode ser que ela mesma nunca veja o alvo básico, pois a estrutura da sociedade não é desenredada num único tempo de vida, porém ela deve estabelecer isto como uma crença e nisto encontrar esperança.
'A grande renovação do mundo consistirá talvez nisto, de que o homem e a mulher, livres de todo o falso sentimento e aversão, buscarão um ao outro não como opostos, mas como irmão e irmã, como vizinhos, e surgirão juntos como seres humanos.'"
In A mulher eunuco de Germanine Greer

rosaleonor disse...

Obrigada Jozahpa...

um abraço

rosa leonor

rosaleonor disse...

pois é juliana...quem procura semrpe encontra!!!

abraço

rosa leonor

rosaleonor disse...

obrigada pelo texto. Tenho o livro mas nunca o acabei de ler...é estranho. Vou voltar a pegar nele!

um abraço

rosa leonor