O DESEQUILÍBRIO DOS PÓLOS
FEMININO E MASCULINO
Já em tempos escrevi um pouco sobre o que penso da questão homossexual…não que eu queira debater o tema ou entrar em discussão aberta sobre o assunto. Tenho a minha própria visão e experiência e é nela que me baseio. A questão é muito nobre e complexa e merece uma atenção especial, mas partindo de outros pressupostos e com fundamentos sobre o nosso Ser Maior, cuja alma não é feminina nem masculina e por isso tratada a um nível bem superior do que estamos habituadas a ouvir e a ver.
Por essas razões não me debruçarei sobre o tema, mas mantenho apenas a minha visão e posição corroborando a ideia, uma vez mais, de que o SER Humano, está muito acima da questão de superfície tão propagada, de género e sexo, como a vemos ser debatida ao nível das grandes audiências através das médias em geral. Tornou-se um assunto consensual para os políticos que assim desviam as populações dos assuntos graves e que os compromete, pois, provocando a polémica social em todos os sectores da sociedade, desviam-se das questões verdadeiras a toda a linha da frente. Nisso estão interessadas as forças involutivas que o Sistema serve, opressores da individualidade, a quem o verdadeiramente humano nada interessa. Portanto a ninguém interessa, senão ao individuo que busca o verdadeiro sentido da vida, olhar as questões de fundo e com verdade, enquanto as forças de controlo alimentam as massas em temas e debates de superfície para as enganar e iludir criando controvérsia e oposição, e assim entreter a multidão e disfarçar a crise.
Para mim, todavia o que neste tempo verdadeiramente urge é essencialmente uma Nova Consciência da Mulher e do verdadeiro feminino: aí é que está a grande questão que ninguém debate porque dela depende o integrar da nova consciência através da qual será veiculada uma nova informação planetária e cósmica…um novo Paradigma social e humano!
A abertura e desenvolvimento do hemisfério direito, o lado feminino do cérebro vai trazer as faculdades da mulher de novo para o mundo e equilibrar os pólos da Humanidade. E em vez de por toda a ênfase no sexo será de facto a alma a parte mais importante a considerar na pessoa humana. Assim, paulatinamente, as falsas questões sobre a “sexualidade” e o género serão clarificadas e transcendidas num novo paradigma.
Se falei dos gays foi porque as mulheres podem achar que os homens se estão a tornar femininos e que isso acresce a causa do feminino no mundo o que não é de todo verdade. De um certo modo até poderia ser pois julgo que essa feminilidade nos homens, manifestada de forma superior e equilibrada não é mais do que um prenuncio da manifestação dos aspectos do cérebro direito e o aparecer dos valores intrínsecos do lado feminino da humanidade. Se o homem se abrisse ao seu feminino poderia desse modo ajudar a evolução da consciência do feminino no mundo, mas infelizmente, no caso dos gays, o nível a que isso acontece é meramente o lado sexual do ser e a nível muito baixo. Visto que o feminino que exibem da mulher é tão só a imagem de uma caricatura da mulher e até mesmo do homem; essa deformação da imagem da mulher que hoje a cultura gay exibe é por sua vez um sub-produto do imaginário masculino macho e por isso digo que ela se virou também contra a mulher, longe da essência e da realidade do próprio ser que se afirma gay ou mesmo macho. Na verdade o “orgulho gay” não é senão um espectáculo de folclore como outro qualquer e ainda por cima americanizado. Ele pertence e é reacção ao sistema dominador falocrático, onde ainda os gays querem defender os seus direitos, extensivos agora ao casamento instituição, para continuar a defender a propriedade e a violência de um sexo de afronta, como o faziam primitivamente com as espadas e o fazem ainda na guerra. Não é por acaso que a dita sub-cultura pretende ser realmente uma cultura de macho man.
Pertence a esse sistema também a mulher que é representada nas capas de revistas e na pornografia ou mesmo na moda e é justamente essa mulher que tem de se libertar da sua sujeição aos padrões masculinos, mesmo gays - são todos gays os estilistas - e deixar de ser aquilo que o homem em geral quer que ela seja, aquilo que a canga da cultura e de todas as sub-culturas, aprisionando-a nos seus modelos, a condiciona a ser apenas um ou mais estereótipos, deixando inclusive que os homens a procurem como mero instrumento de prazer, incluindo para satisfazer os seus desejos de sodomia.
A BALANÇA DOS PÓLOS
O peso excessivo do racionalismo exacerbado pela actividade exclusiva do hemisfério esquerdo, do princípio masculino, que gerou o exercício da força bruta e da violência, como apanágio do macho que se impôs na cultura patriarcal como superior e a mulher inferior e isto durante séculos de domínio masculino leva a que agora seja dada prioridade ao Princípio Feminino, ao lado intuito, receptivo e amoroso da humanidade. Sem dúvida que os dois pertencem inerentemente à nossa espécie e que devemos integrar um e outro INTERIORMENTE e sermos tanto quanto possível equilibrados na sua manifestação, mas não há dúvida que o peso enorme e bestial do masculino asfixiou todas as qualidades do feminino e nenhum dos lados beneficiou com isso e o resultado catastrófico a que chegou a humanidade está a vista de todos!
Portanto, hoje mais do que nunca, com tantas vezes digo, o foco e o empenho deve ser na Mulher, na busca da verdadeira mulher para que a mulher possa ser enfim o espelho da Mãe fecunda, gerando um novo homem e dar lugar às energias que o mundo precisa para construir uma nova Terra e uma nova Humanidade.
Penso que sem esse trabalho da mulher e na Mulher mais dificilmente o mundo chegará ao seu propósito…é neste sentido que continuo a apostar na causa que para mim ainda é Mulheres & Deusas…
rlp
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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