O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 13, 2015

SOU ANTI-CLERICAL E PAGÃ!



A nova consciência do feminino, dito sagrado, a busca da MULHER INTEGRAL, não tem que envolver qualquer tipo de ritual ou religião, crença ou folclore, a não ser de forma aleatória e lúdica...

Independentemente do passado, e de toda a história que envolve a construção de uma nova mulher, e do resgate dessa nova mulher, seja da sua essência, seja da sua origem, a Nova Mulher não será feita à sombra do passado, mas da Mulher que vem do Futuro, e a sua realização não obriga a nenhuma performance, nem a seguir qualquer tipo de crença ou dogma, nem implica ter fé na Deusa ou em Deus.

A Mulher em si, e a energia que é a ANIMA e a Deusa, é essa Consciência de si e do seu poder interior que lhe foi negado, que lhe foi usurpado pelos padres, que é um poder Revelador do potencial que a torna em si mesma una - e a qualquer mulher consciente de si - e ciente do seu papel no mundo através da sua grandeza e esplendor, seja como Mãe e Amante, seja como mulher livre, que se assume em toda a sua capacidade de amar, dar-se e não depender de nada nem de ninguém para SER MULHER INTEIRA.

PORQUE SOU ANTI-CLERICAL E PAGÃ!

Todas as religiões são a causa directa ou indirecta da divisão da Mulher em duas mulheres, assim mantidas pelo patriarcalismo ao longo dos séculos, como esposas e concubinas, DANDO LUGAR à mais antiga e macabra profanação do SER Mulher, à sua integridade e dignidade como ser, que é a prostituição versus casamento e vice-versa...

A Religião, qualquer religião, sempre foi dos homens e para os homens...
A Religião nunca foi das mulheres...mas sempre contra as mulheres...e vivendo muito à conta da ignorância, obediência e escravidão e sacrifício das mulheres.
 

Seja Jeová, Buda ou Alá...

As grandes religiões como o Budismo, o Cristianismo e o Islamismo,
são todas misóginas e dividem a Mulher em duas, a Deusa Mãe Imaculada no altar ou no culto, e a mulher real desprezada e manipulada segundo os interesses das suas crenças e dogmas.

Por isso sou totalmente adversa e antagónica de qualquer religião patriarcal, de ontem e de hoje - assim como às novas abordagem tipo "new age" que continuam a servir-se das mulheres, que maioritariamente alimentam estes párias da sociedade, e as continuam a manter na sombra e de forma utilitária...como mães de seus filhos e servas dos seus folclores etc.
Soe isto a que soar...é preciso dizê-lo sem contemplações nem mais hesitações, doa a quem doer!


Rosa Leonor Pedro

 


2 comentários:

Ana Ferreira Martins disse...

Muito esclarecedor da forma como as diversas religiões têm tratado a mulher. Uma no céu e outra na terra!...

rosaleonor disse...

sem dúvida - basta abrir qualquer escritura para ver como as mulheres são tratadas...e divididas entre a santa e a puta...a boa e a má...a pecadora e a pura...sempre esta separação da mulher da sua natureza una...da sua essência, da sua integridade como mulher!

obrigada por comentar!

rleonor