O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 19, 2015

A ESSÊNCIA FEMININA


VOLTAR A VIVER


"O trabalho mais profundo é geralmente o mais sombrio. Uma mulher corajosa, uma mulher que procura ser sábia, irá urbanizar os terrenos psíquicos mais pobres, pois, se ela construir apenas nos melhores terrenos da psique, terá uma visão mínima de quem realmente é. Portanto, não tenha medo de investigar o pior. Isso só lhe garante um aumento no poder da sua alma. É nesse tipo de urbanização psíquica que a Mulher Selvagem brilha. Ela não tem medo da treva mais profunda pois na realidade consegue ver no escuro. Ela não tem medo de vísceras, dejectos, podridão, fedor, sangue, ossos frios, moças moribundas e maridos assassinos. Ela tem condições de ver tudo, de suportar tudo, de ajudar.
(...)
Quando falamos da essência feminina, estamos realmente falando da alma feminina. Quando falamos de corpos espalhados no subterrâneo, estamos afirmando que algo aconteceu à força da alma e no entanto, muito embora sua vitalidade exterior tenha sido roubada, muito embora sua vida tenha essencialmente sido esmagada, ela não foi destruída por completo. Ela pode voltar a viver. "




IN MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS

CLARISSA PINKOLA ESTEES

1 comentário:

Ná M. disse...

Pra correr com os Lobos tem que gostar de correr perigo...................