O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 18, 2016

A OPRESSÃO DA MULHER NO MUNDO DITO DEMOCRÁTICO


Texto de UMA LEITORA ANÓNIMA

Tem um texto num blog que diz que as mulheres nascem, crescem e vivem na síndrome de Estocolmo. Somos ameaçadas, assediadas, objetificadas e inferiorizadas desde o momento em que nascemos. E por isso, vivemos com medo. Temos medo. Esse medo, cria em nós a síndrome de Estocolmo, pois somos obrigadas a viver, conviver com os nossos agressores e assediadores, os homens. Homens são a nossa razão de ter medo. E esses mesmos homens, são nossos pais, irmãos, primos, filhos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, namorados. E esses mesmos homens são aqueles que preferencialmente nos atacam, nos agridem, nos estupram e nos matam. Mas nós temos que conviver com eles diáriamente. E sobreviver nessa sociedade onde somos constantemente ameaçadas por eles. É muito difícil uma mulher escapar disso, da síndrome. As mulheres desenvolvem várias estratégias de sobrevivência e muitas "escolhem" se adequar aos padrões do feminino no patriarcado, outras se rebelam, outras vivem na corda bamba. Mas tudo é estratégia para sobreviver num mundo que nos odeia e não deixa de demonstrar isso, 24 horas por dia, sete dias na semana, 365 dias no ano. Todas as instituições patriarcais nos refletem o pensamento masculino sobre nós e todas tem na misoginia o seu padrão de atuação. É muito difícil ser mulher e se saber odiada e desprezada em todo o lugar. Até quando dizem que nos 'amam', nos 'amam' para nos explorar sexualmente ou na nossa capacidade de dar a luz. Os homens transformaram a existência das mulheres, num pesadelo. "


Obrigada  minha amiga  por este lucido comentário e espero que não se importe de eu o publicar aqui como testemunho vivo da contínua agressão-opressão que a mulher sofre nesta sociedade patriarcal e em família, regra geral muito bem mascarada de democracia e "direitos e igualdades". De lamentar e sem solução à partida este mundo machista em que as mulheres vivem, sofrem, lutam e trabalham e que tão bem descreve . O que diz corresponde de forma muito próxima com uma ideia que ando a desenvolver e está clara no meu espírito mas que é muito difícil de comunicar pois as mulheres preferem manter-se nessa condição servil  e submissa vitimas desse Síndrome, sem coragem de olhar desassombradamente para esta sociedade machista que assim as oprime e reduz, como você fez...


rosa Leonor pedro


3 comentários:

Vânia disse...

E quando dizem q nos amam, nao amam coisa alguma, o objectivo e sp explorar a varios niveis. Salvo rarissimas excepcoes e dificil viver conviver estar entre eles. Muitas vezes calei por medo e sim foi estrategico, ate pq muitas vezes o medo n nos permite ver mais alem. Hoje so calo em ultimo recurso mas onde ha machismo declarado eu n estou... Outra estrategia... Ganham se anos de vida...

rosaleonor disse...

É verdade Vânia - as mulheres tem mil escapes a essa realidade e ela é tão brutal que elas se deixam embrulhar em todas as ideias de romantismo mas para chegar ao ponto dos mil chicotes de Gray...o pior para mim é que as mulheres vivem a espera de homem que as defenda e as proteja lhes dê apoio e amor...e só encontram o que nós já sabemos. Creio que há sempre homens que fogem a regra, mas muitos é só até que o seu "poder" sobre a mulher seja questionado...a mínima agressão e a mais comum e não deve haver um só homem no mundo que não tenha chamado logo puta a uma mulher que o contrarie...

Vânia disse...

é verdade, elas ainda desconhecem q a única q as protege defende dê apoio Amor etc etc são elas mesmas... aquilo q tu crês de homens q fogem à regra eu entendo igual só q chamo de raríssimas excepçoes, e a Mulher q os contrarie é tudo d puta para cima... é a mentirosa, a lésbica,... no fundo é a Mulher q n precisa dele para coisa alguma, é autonoma e senhora de si. muitas pensam q o são e elas n se dão conta do engodo em q estão metidas. são armadilhas subtis q n são fáceis de deslindar ... são muitos anos a "virar frangos"... mas o q eu queria mesmo dizer por experiencia própria é q é possível acordar dos 5 mil anos d entorpecimento... e permite me dizer novamente q temos d te ler d peito aberto..