O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 07, 2016

TUDO ISTO É INUTIL...



SERMOS LOUCOS...?


"Portanto, nós devemos rezar para que, um dia, nos tornemos realmente loucos. Não no sentido de se tornar algo como um lunático de um desses asilos. A loucura, a qual estamos nos referindo é a que vai além dos "oito dharmas mundanos"; realmente não se importar se você está sendo elogiado ou criticado é a loucura final. Do ponto mundano de vista do mundo, sempre que é elogiado, você deveria estar feliz, e quando você é criticado, você deve ser infeliz. No entanto, os seres sublimes não são movidos - é por isso que achamos que eles são loucos. Isto é o que você tem que almejar.
Não faça isso agora, porque vai se voltar contra você! Apenas tenha como aspiração. Se você tentasse fazer isso agora, não só deixaria de ajudar a sua prática como iria também perturbar os outros. Então continue de uma forma que qualquer ser humano decente iria querer que você se comportasse. Mas, ao mesmo tempo, deixe este alarme soar continuamente em sua cabeça: "Tudo isso é inútil."

Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche

"Advice on How to Practice", Silz, Germany, August 2001.

1 comentário:

Ná M. disse...

Chamamos de Lucidez a loucura.