O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, fevereiro 23, 2016

DEZ MIL VEZES...



AS PURAS CANÇÕES DO AMOR


“ Dez mil vezes o coração se rompeu dentro de mim. Não posso contar os soluços que me sacudiram o coração.
Mas vi também outras coisas que me trouxeram lágrimas aos olhos e me abalaram como uma folha que se agita. Vi homens e mulheres dando vida, esperanças, dando tudo aos outros. Vi actos de uma tão alta devoção que chorei lágrimas de alegria. Estas coisas, achei-as belas, embora não tivessem o poder de redimir. São elas as puras canções do amor nos vastos montes de esterco do mundo.”



FERNANDO PESSOA, in “Pessoa Inédito”, Livros Horizonte, 1993, pág.161

2 comentários:

Vânia disse...

exagerado ele..

rosaleonor disse...

seria...como todos os poetas...

beijinhos

rl