O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, fevereiro 08, 2016

UMA MULHER É UMA MULHER...




“ A nossa sociedade pretende impor a imagem de homens e mulheres absolutamente iguais, indiferenciadas, intercambiáveis. Homens e mulheres, é a mesma coisa, não existe nenhuma diferença, e eles devem fazer a mesma coisa. É isto o que a sociedade tenta vender a toda a força e se você disser que não, (eu continuo a pensar que não é nada parecido, e não somente eu continuo a pensar que não é a mesma cosia, como quero que não seja nada parecido porque eu penso que isso é o produto da civilização e eu refiro-me a esta civilização), você passa por ser um odioso macho fascista etc. - "
 Eric ZEMMOUR

NÃO HÁ IGUALDADE - HÁ A DIFERENÇA

EM PORTUGAL AS FEMINISTAS NÃO TÊM QUALQUER CONSCIÊNCIA DO FEMININO ONTOLÓGICO, sagrado, nem da sua psique como uma força pois não reconhecem o seu lado emocional dando prioridade a sua mente intelecto; uma das razões de assim ser é que em primeiro  lugar  elas associam a dimensão do feminino ao tido como sagrado das religiões misóginas e patriarcais e segundo porque  não têm a menor noção do seu potencial de mulheres sem ser no plano mental e intelectual, racional. Tudo o que transcende os 5 sentidos e a razão é-lhes estranho. Assim a sua criatividade resume-se aos esforços mentais para definir em esquemas económicos e políticos a luta das mulheres em prol de uma igualdade de direitos...ou para conduzir as outras mulheres dentro do Sistema que é bélico e falocrático,  usando as mesmas armas deles, não as suas...partem para a luta, com armas e bagagens porque elas não tem nenhuma ideia do seu Dom inato, nem da capacidade de Magia que a Mulher verdadeira tem, nem do seu poder interior. 

Em Portugal nunca houve uma consciência efectiva das feministas tirando algumas autoras dos anos sessenta, que se salientaram nos meios académicos e culturais internacionais ainda na altura de Salazar e da Pide e sem dúvida que houve sempre mulheres lutadoras, de têmpera, de que reza a história, mas na realidade, ou porque se perderam em afirmações individuais e interesse particular ou porque foram aglutinadas aos partidos, perderam totalmente a noção das realidades. Ficaram-se pelas ideias e teorias e as utopias dos anos 60, tão prisioneiras ao fim ao cabo do Sistema que as manipula sempre, tal como  foram manipuladas pelas igrejas e os padres antes; agora mandam os camaradas e os lideres e elas calam-se em sentido cumprindo o seu papel secundário de servas, continuando obedientes ao Pai, ao Poder e agora são-no ao grande  líder, quase todas todas as mulheres de esquerda. Em Portugal as feministas estiveram sempre ligados ao partido comunista e aprisionadas à cartilha do partido ou da Ideologia marxista;  nunca houve de facto, penso eu, mulheres livres e independentes com a força das escritoras dos anos 70 como a Mary Daly, a Carol P. Christ, a Merlin Stone, a Marija Gimbutas, mulheres capazes de fazer a mudança ou criar uma base de unidade de consciência efectiva que se tornasse notável em Portugal e dessem uma perspectiva do correcta do que foi o matriarcado nem o papel das mulheres nas sociedades igualitárias . Ainda andamos às voltas com uma existencialista, Simone de Beauvoir e o seu "a mulher não nasce mulher"...
Há sempre a cartilha do líder ou a do marialva...que impera em Portugal, mesmo entre as intelectuais modernas...Quem decide sempre é o romance e o amante...o editor o chefe e o patrão, em suma o Estado ou o Paizinho bondoso e protector perante uma mãe má e histérica. E agora vem todo este simulacro de "espiritualidades" NEW AGE a devolver a mulher a "pureza" e a obediência ao senhor, à luz e ao amor cósmico. Não há duvida que, como diz a Luiza Frazão: " As nossas feministas eram e presumo que continuem a ser ridicularizadas e depois entrou o Reiki e a meditação e pronto, já estamos em Neptuno como se diz em astrologia mas o Saturno e o Úrano estão por resolver e é tudo tão balofo que não se aguenta..."

Leva tempo a perceber que fascistas e comunistas ou espiritualistas fazem o mesmo bode expiatório da mulher...e todos eles buscam branquear a realidade com pseudo-liberdades...
rlp

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