O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 03, 2016

É PRECISO RESGATAR A ESSÊNCIA FEMININA



RESGATAR A IDENTIDADE FEMININA, não é uma questão politica nem económica. Não é uma questão de direitos e igualdades ou de "paridade"...é sobretudo uma questão de Consciência do seu valor inato e de voltar a ter uma consciência ontológica e integrar a mulher que foi suprimida e esquecida e que representava a Deusa no começo da nossa História. 
Portanto o que eu digo e sempre realço nos meus textos é que sem a identidade feminina de base, e a integralidade da mulher como Ente independente da sua função mãe -esposa, ou antes de ela se afirmar na politica ou na vida publica ou se iniciar em qualquer caminho espiritual, é fundamental, tal como para o homem é essencial, que ela tenha consciência ontológica do seu ser enquanto mulher de per se e das diferenças básicas entre o princípio masculino e o princípio feminino e os respectivos hemisférios cerebrais. Temos sempre de ter em conta que a falta do princípio feminino no mundo, a sua negação como princípio e os seus valores e o apagamento da sua história ancestral, provocam esta permanente guerra contra a mulher e o seu dominio.
É preciso que ambos os sexos percebam de que ponto partem e como o mundo está manco, dirigido exclusivamente pelo principio masculino…e não é fingindo na rama que tudo está bem, idealizando ou teorizando, com leis ou politicas - como se provou bem nestas décadas - sem querer reconhecer como a mulher é apenas uma metade de si, ambas usadas em campos diferentes e ao serviço do homem porque dividida em duas espécies (a santa e a puta co-existem na nossa mente) e inconscientemente ou não - todas as mulheres são vitimas desta dicotomia. As mulheres que são apenas um subproduto da sociedade machista e patrista e portanto dentro deste Sistema não podemos de todo esperar que a afirmação do Ser feminino seja real. O que se prova é que todos os dias vivemos numa sociedade onde imoera a misogina assim como dentro da própria espiritualidade, de onde ela nasce ou mais foi fomentada e portanto sem que haja uma verdadeira consciência do ser Mulher não haverá evolução nem equilibrio nas sociedade e no mundo, perpetuando-se esta guerra insana cotra a mulher como em todos os fundamentalismos.
Rosa Leonor Pedro

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