O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 15, 2016

documentos antigos

AH A GRANDE DEUSA MÃE


Os antigos cultos da Deusa Mãe e a importância da mulher, e o exercício do seu sacerdócio, quando ela ainda era una e integral na sua identidade, quando a mulher se expressava na sua totalidade e representava na carne e na alma a Deusa e a Natureza Mãe, permanecem nas nossa memória e no nosso inconsciente colectivo e como diz Dalila P. da C. -“Desde a época megalítica, passando pelo sec. VI a.C., até aos nossos dias, uma natureza ofídica, aquática, ctónica, estará aqui impressa neste território e a sua humanidade; e neles agindo sem cessar”…*

É essa acção subterrânea que actua nas nossas células e acorda as nossas memórias de deusas e sacerdotisas nos nossos dias pela activação das energias da Grande Deusa que descem agora de novo em toda a terra e que nos poderá fazer erguer de novo o Cálice de ouro e pedras preciosas e fazer com que o homem deixe de empunhar a Espada para matar o seu irmão e escravizar a mulher!
(…)


-“Esta partilha de um sacerdócio, que seria exclusivo, ou preponderantemente exercido por mulheres no culto da Grande -Deusa entre os povos pré-indo-europeus, depois partilhada com os homens e nos povos semitas ou indo-europeus, surge aqui expressado entre nós também, tanto na função sagrada da poesia, como na do culto. “*

Precisamos voltar a esse espaço sagrado nas nossas vidas e dar corpo à Deusa para que Ela possa manifestar mais uma vez a Sua vontade na Terra. Lembrar, como nos áureos tempos, que as mulheres evocavam a palavra sagrada e a proferiam sem medo, com orgulho e humildade…pelo amor da humanidade. Lembrar que: “Esta função sagrada feminina numa comunidade de povos atlânticos, europeus, através dos milénios e que através de todas as etnias e estimativas diferentes, continuaria a ser primacial.”*
RLP


“Documentos antigos de origem eclesiástica, provam-nos que havia na Romania uma poesia popular detestada pela Igreja, carmina amatória, (…) cujo principal agente era a mulher. Tal poesia chegava a invadir a própria Igreja e escandalizar a seriedade do culto (…) essa arte feminina deveria ter florescido intensamente na Galiza (…) Temos notícia de que as mulheres desempenhavam papel importante nas grandes cerimónias religiosas de Santiago de Compostela.” (F.C.)*


*Excertos de  Dalila P. da Costa

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