A MENTIRA SOCIAL E POLÍTICA
E AS SUAS LEIS...
Por trás de um grande homem, diz-se que há uma grande mulher.
Muitas vezes atrás de uma grande mulher, não há ninguém. - G. Keith
A religião e a política, em diferentes planos e épocas, aparecem ao ser humano como uma promessa de salvação ou de justiça, respectivamente, como modos operandi de satisfazer e organizar a sociedade a nível material e espiritual, mas nem a religião nem a política – DENTRO DO SISTEMA PATRIARCAL – nunca o fizeram de forma justa, equitativa, porque sempre se baseou na exploração implícita do homem pelo homem e na anulação da mulher como ente, esta sempre olhada ora como mãe ora esposa, ou prostituta caso não alcançasse um contrato de casamento realizado em nome do Pai e do filho, para perpetuar nome e herança familiar.
Porém, dentro do sistema patriarcal autoritário e hierárquico, que se diz democrático, baseado no poder exclusivo do homem em todos os domínios da sociedade, nunca a mulher poderia ser autónomo e livre e por isso nunca se poderia criar uma sociedade justa nem livre a partir do momento em que ele aprisionou a mulher e a dividiu em duas espécies e cuja ordem familiar se baseia na submissão da mulher à ordem patriarcal enquanto explora a mulher em casa e a prostituta na rua ou no Bordel… Por mais que se tenha tentado mascarar a situação com a “liberdade da mulher”- através do emprego fora de casa e do acesso a profissões masculinas - o facto é que por muito que aparentemente tudo tenha mudado para essas mulheres, a sociedade não mudou muito de fundo nem na prática… Apesar dessa aparente liberdade e das leis serem hoje supostamente democráticas, ainda hoje em pleno sec. XXI também os juízes absolvem maridos criminosos e violentos e julgam as mulheres como adúlteras…com os mesmos códigos “morais” da idade média…
Toda a gente pensava que sim, e diz-se, que isso era antigamente, mas nada mudou na mente colectiva e nas mentes retrogradas (mesmo dos mais cultos) de quem continua a deter o poder. Por mais discursos feministas que se façam e supostas mudanças sociais na prática pouco ou nada mudou e tudo o que se faz em termos de propaganda cultural é iludir as mulheres que se julgam emancipadas por poderem ter amantes e fazer sexo a torto e a direito, mas mais não fazem do que as enganar ao oferecer soluções fictícias como o é a Lei, quando nada muda de fundo nas mentalidades: elas continuam a ser consideradas putas e adulteras se o fizerem. E ao contrário do que nos dizem os Media e o que vemos nas televisões e telenovelas é a fuga sistemática e o branqueamento dessa realidade social e fica tudo a fingir que vive em democracia e igualdade e que a justiça se faz…mas tudo não passa de uma mentira geral ou global.
Os que antes nos enganavam com promessas de mudanças – mudanças de regime e revoluções - hoje já vemos sob o véu das suas mentiras as suas máscaras caíram completamente por terra. O que agora vemos são todas essas mentiras desveladas e de forma incontrolável e assim mais do que nunca está as claras a propalada mentira religiosa e política que controla as populações e as mantem na ignorância, através dos seus pódios de propaganda e de domínio social e psicológico, agindo unicamente em defesa dos seu poder e interesses – suportados pelos Midea e o cinema, os jornais, os Partidos, os Governos, o Vaticano continuam a controlar as massas pela mentira e pelo consumo e a alienação, afastando o ser humano das suas questões essenciais , do seu verdadeiro drama, que é a falta de amor inicial da Mãe e do respeito da mulher – abordada sempre como objecto sexual, mesmo no trabalho - e portanto de uma verdadeira justiça social de igualdade de géneros.
rlp
Como exemplo do que digo acima deixo o excerto de um artigo publicado hoje em Capazes. Um grupo de mulheres jovens jornalistas que denunciam situações e factos, mas sem uma verdadeira consciência do que está por detrás destas situações - o facto de não ter havido nem ser possível uma verdadeira igualdade no sentido estrito, profissional e humano na nossa sociedade moderna, regida ainda pelos moldes antigos.
O TERROR DAS ENTREVISTAS PARA MULHERES
Por trás de um grande homem, diz-se que há uma grande mulher.
Muitas vezes atrás de uma grande mulher, não há ninguém. - G. Keith
A religião e a política, em diferentes planos e épocas, aparecem ao ser humano como uma promessa de salvação ou de justiça, respectivamente, como modos operandi de satisfazer e organizar a sociedade a nível material e espiritual, mas nem a religião nem a política – DENTRO DO SISTEMA PATRIARCAL – nunca o fizeram de forma justa, equitativa, porque sempre se baseou na exploração implícita do homem pelo homem e na anulação da mulher como ente, esta sempre olhada ora como mãe ora esposa, ou prostituta caso não alcançasse um contrato de casamento realizado em nome do Pai e do filho, para perpetuar nome e herança familiar.
Porém, dentro do sistema patriarcal autoritário e hierárquico, que se diz democrático, baseado no poder exclusivo do homem em todos os domínios da sociedade, nunca a mulher poderia ser autónomo e livre e por isso nunca se poderia criar uma sociedade justa nem livre a partir do momento em que ele aprisionou a mulher e a dividiu em duas espécies e cuja ordem familiar se baseia na submissão da mulher à ordem patriarcal enquanto explora a mulher em casa e a prostituta na rua ou no Bordel… Por mais que se tenha tentado mascarar a situação com a “liberdade da mulher”- através do emprego fora de casa e do acesso a profissões masculinas - o facto é que por muito que aparentemente tudo tenha mudado para essas mulheres, a sociedade não mudou muito de fundo nem na prática… Apesar dessa aparente liberdade e das leis serem hoje supostamente democráticas, ainda hoje em pleno sec. XXI também os juízes absolvem maridos criminosos e violentos e julgam as mulheres como adúlteras…com os mesmos códigos “morais” da idade média…
Toda a gente pensava que sim, e diz-se, que isso era antigamente, mas nada mudou na mente colectiva e nas mentes retrogradas (mesmo dos mais cultos) de quem continua a deter o poder. Por mais discursos feministas que se façam e supostas mudanças sociais na prática pouco ou nada mudou e tudo o que se faz em termos de propaganda cultural é iludir as mulheres que se julgam emancipadas por poderem ter amantes e fazer sexo a torto e a direito, mas mais não fazem do que as enganar ao oferecer soluções fictícias como o é a Lei, quando nada muda de fundo nas mentalidades: elas continuam a ser consideradas putas e adulteras se o fizerem. E ao contrário do que nos dizem os Media e o que vemos nas televisões e telenovelas é a fuga sistemática e o branqueamento dessa realidade social e fica tudo a fingir que vive em democracia e igualdade e que a justiça se faz…mas tudo não passa de uma mentira geral ou global.
Os que antes nos enganavam com promessas de mudanças – mudanças de regime e revoluções - hoje já vemos sob o véu das suas mentiras as suas máscaras caíram completamente por terra. O que agora vemos são todas essas mentiras desveladas e de forma incontrolável e assim mais do que nunca está as claras a propalada mentira religiosa e política que controla as populações e as mantem na ignorância, através dos seus pódios de propaganda e de domínio social e psicológico, agindo unicamente em defesa dos seu poder e interesses – suportados pelos Midea e o cinema, os jornais, os Partidos, os Governos, o Vaticano continuam a controlar as massas pela mentira e pelo consumo e a alienação, afastando o ser humano das suas questões essenciais , do seu verdadeiro drama, que é a falta de amor inicial da Mãe e do respeito da mulher – abordada sempre como objecto sexual, mesmo no trabalho - e portanto de uma verdadeira justiça social de igualdade de géneros.
rlp
Como exemplo do que digo acima deixo o excerto de um artigo publicado hoje em Capazes. Um grupo de mulheres jovens jornalistas que denunciam situações e factos, mas sem uma verdadeira consciência do que está por detrás destas situações - o facto de não ter havido nem ser possível uma verdadeira igualdade no sentido estrito, profissional e humano na nossa sociedade moderna, regida ainda pelos moldes antigos.
O TERROR DAS ENTREVISTAS PARA MULHERES
– por Diana Lima
(…)
“Mulheres, não é normal sermos interrogadas sobre a nossa vida privada, sobre as nossas rotinas pessoais, sobre a nossa orientação sexual, sobre os nossos parceiros (ou a inexistência deles). Não é normal (como já me aconteceu) fazerem perguntas como: “É capaz de trabalhar sem recorrer ao álcool?” , “Consegue trabalhar à noite sem consumir drogas?” , “Se a equipa for toda constituída por homens, acha que se consegue não envolver sexualmente com os colegas?” .
Mas há situações piores, principalmente em entrevistas dirigidas apenas por homens. E conheço alguns casos abafados por vergonha.
Se achávamos que perguntarem o nosso estado civil ou se tencionávamos ter filhos era discriminação, agora a situação passou mesmo para outro patamar. Já não nos podem excluir por isso, mas podem humilhar-nos, fazendo-nos desistir porque nenhuma de nós deseja estar inserida num ambiente profissional assim:
“A sua vida sexual é ativa?”, “Sente-se feliz sexualmente?”, “Costuma masturbar-se? Quantas vezes por dia?”.
O que é que nós respondemos? Silêncio! Só nos apetece enfiar num buraco com a vergonha que nos fazem sentir. Não a devemos ter, não somos nós que estamos a agir de forma errada, e a nossa reação não deve ser o medo.
No meio disto tudo, ouvir e ver os risinhos entre eles ainda nos mete mais nojo. Chegamos mesmo a especular que as entrevistas são falsas e que só nos querem humilhar, só se querem divertir às nossas custas ou que há outras intenções.
A juntar a estas situações, ainda há aquelas entrevistas em sítios recônditos ou não profissionais (como os hotéis) em que damos de caras com um sujeito que nem sabe o nosso nome, não viu o nosso currículo e que a sua conversa é pura tentativa de sedução, com um convite para ir ver mais uns documentos ou assinar o contrato ao seu quarto ou “escritório”.
Quantas mulheres já tiveram coragem de se levantar e ir embora? Nunca saberemos a resposta, nem nunca saberemos quantas mulheres já sofreram estes e outros abusos em silêncio.
Hoje, o que resta a muitas de nós, que lutam por uma carreira, é ter um telemóvel por perto e coragem.” (…)
(…)
“Mulheres, não é normal sermos interrogadas sobre a nossa vida privada, sobre as nossas rotinas pessoais, sobre a nossa orientação sexual, sobre os nossos parceiros (ou a inexistência deles). Não é normal (como já me aconteceu) fazerem perguntas como: “É capaz de trabalhar sem recorrer ao álcool?” , “Consegue trabalhar à noite sem consumir drogas?” , “Se a equipa for toda constituída por homens, acha que se consegue não envolver sexualmente com os colegas?” .
Mas há situações piores, principalmente em entrevistas dirigidas apenas por homens. E conheço alguns casos abafados por vergonha.
Se achávamos que perguntarem o nosso estado civil ou se tencionávamos ter filhos era discriminação, agora a situação passou mesmo para outro patamar. Já não nos podem excluir por isso, mas podem humilhar-nos, fazendo-nos desistir porque nenhuma de nós deseja estar inserida num ambiente profissional assim:
“A sua vida sexual é ativa?”, “Sente-se feliz sexualmente?”, “Costuma masturbar-se? Quantas vezes por dia?”.
O que é que nós respondemos? Silêncio! Só nos apetece enfiar num buraco com a vergonha que nos fazem sentir. Não a devemos ter, não somos nós que estamos a agir de forma errada, e a nossa reação não deve ser o medo.
No meio disto tudo, ouvir e ver os risinhos entre eles ainda nos mete mais nojo. Chegamos mesmo a especular que as entrevistas são falsas e que só nos querem humilhar, só se querem divertir às nossas custas ou que há outras intenções.
A juntar a estas situações, ainda há aquelas entrevistas em sítios recônditos ou não profissionais (como os hotéis) em que damos de caras com um sujeito que nem sabe o nosso nome, não viu o nosso currículo e que a sua conversa é pura tentativa de sedução, com um convite para ir ver mais uns documentos ou assinar o contrato ao seu quarto ou “escritório”.
Quantas mulheres já tiveram coragem de se levantar e ir embora? Nunca saberemos a resposta, nem nunca saberemos quantas mulheres já sofreram estes e outros abusos em silêncio.
Hoje, o que resta a muitas de nós, que lutam por uma carreira, é ter um telemóvel por perto e coragem.” (…)
Sem comentários:
Enviar um comentário