UM MANIFESTO ARRASADOR... duro e cru...
(lamento)
"A individualidade feminina, da qual o homem é intensamente consciente, mas com a qual ele é incapaz de relacionar-se, de compreender ou alcançar emocionalmente, o assusta, o perturba e enche-o de pavor e de inveja. Assim, ele nega a individualidade das mulheres, e se dispõe a definir todo mundo, ele ou ela, em termos de função ou de uso, assegurando logicamente para si as funções mais importantes – médico, presidente, cientista – a fim de dar-se uma identidade, se não uma individualidade, e convencer, a si mesmo e às mulheres (teve melhor êxito convencendo as mulheres) que a função feminina é conceber e criar os filhos e relaxar, confortar e elevar o ego do homem; que sua função é, em suma, tornar-se trocável por qualquer outra fêmea."
"O efeito da paternidade nos meninos, particularmente, é transformá-los em “Homens”, ou seja, desenvolver um duro sistema de defesa contra todas suas tendências à passividade, à bichice, e aos seus desejos de ser mulheres. Todo menino quer imitar sua mãe, ser sua mãe, fundir-se com ela, mas o pai o proíbe. Ele é a mãe, ele se funde com ela; assim, ordena ao menino, às vezes directamente e outras indirectamente, que não seja um mariquinhas, e aja como um “Homem”. O menino, que se caga nas calças com medo de seu pai, que – dizendo de outro modo – lhe “respeita”, obedece e chega a se tornar como o pai, esse modelo de “Virilidade”, o ideal americano: o cretino heterossexual bem-comportado."
"O efeito da paternidade nas meninas é transformá-las em homens: dependentes, passivas, domésticas, bestiais, inseguras, ávidas por aprovação e segurança, covardes, humildes, “respeitosas” das autoridades e dos homens, fechadas, carentes de reacções, meio mortas, triviais, estúpidas, convencionais, insípidas e completamente desprezíveis. A Menina do pai, sempre tensa e temerosa, intranquila, sem capacidade analítica, sem objectividade, valoriza com medo (“respeito”) o pai e, consequentemente, os outros homens. Incapaz de descobrir o vazio por trás da fachada indiferente, aceita a definição machista do homem como ser superior, como mulher, e a definição da mulher, e de si mesma, como ser inferior, ou seja, como homem, o que, graças ao pai ela realmente é. "
IN MANIFESTO SCUM – VALERIE SOLANAS
UM TESTEMUNHO
"Eu considero que na verdade, nunca tive pai, isso pode trazer questões que também não são psicologicamente saudáveis ( embora eu tive sempre contacto com o meu pai até aos 18 anos, e sempre me tratou abaixo de cão - ou seja, sarcasticamente tipo soda cáustica e com sorriso prazeroso narcísico a humilhar-me, sempre e apenas quando se lembrava que eu até existia hahah. Acho que herdei em certa parte o meu sentido de humor dele, embora o dele fosse mais do estilo "espezinhante". Eu por vezes ainda tenho sentido de humor contra mim própria. Talvez tenha de me deserdar dessa parte, mas pelo menos quando o faço rio-me, prefiro isso do que bater com a cabeça contra a parede ou algo do género. Mas acredito que muita da minha auto-sabotagem e falta de auto-estima venha daí. Até porque infelizmente a minha mãe também não foi grande apoio emocional e também me humilhava e culpava de coisas que eu não tinha culpa. É a vida."
C.I.
90% dos pais não tem qualquer nivel de consciência individual para educarem e amarem os filhos porque se casam por forças das circunstâncias e por variadas razões de ordem social e familiar ou sexual (hoje em dia já não porque as mulheres são "livres") ou porque acham que estão apaixonados. Logo de seguida começa o inferno das diferenças de interesses e depois por azar nascem os filhos. As mulheres acabam sempre por serem maltratadas e desprezadas e por isso fazem o mesmo aos filhos. As normas sociais e a suposta educação são falsas e apenas aparentes - de acordo com os costumes - e toda a gente esconde a grande miséria e sofrimento que é a familia, onde o pai ou é ausente ou é prepotente e violento ou abusador... e a mãe certamente colerica e histérica ou anulada. Porventura haverá casais moderados e pais esforçados e obrigadas pela religião ou por um verniz social de classe etc., mas em toda a história de séculos e seculos nunca li sobre uma familia equilibrada e feliz...
A verdade é que vivemos esta miséria há séculos em que as grande maioria das familias são disfuncionais e com a "emancipação" da mulher e a sua vida profissional as crianças são abandonadas ao Sistema e cada vez mais as crianças estão alienadas de quaisquer valores...tendo hoje chegado ao extremo da aberração com as ideologias de género ...
rlp
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