O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 07, 2003

"QUE MÁSCARA É ESSA
QUE POR TRÁS DAS PESSOAS SE ADIVINHA"

y.k.Centeno



"AS
ESCOLHAS DA VIDA."



“A árvore da vida estará sempre acessível à pessoa humana, mas só pelo lado do nascente se pode chegar ao pé dela, o lugar de novos começos e de sóis nascentes. E a pessoa tem de conseguir chegar lá uma e outra vez sempre como se pela primeira vez, por entre os fogos do sofrimento, do esforço, da discriminação.(...) Como disse um filósofo, há mil maneiras de dizer não e uma só de dizer sim.(...) Ou a pessoa vacila sem parar entre as paredes de suas estreitas e aprisionantes excentricidades, ou diz definitivamente que seguirá a via da Vida de qualidade mais ampla seja o que for que lhe seja pedido na caminhada. Esta última decisão determina absolutamente todas as outras escolhas. É uma decisão de comprometimento de acção sempre na direcção do Grito, daquela luta em que se envolve a pessoa na via para a totalidade. É a decisão de não ficar parado do lado de fora do jardim, enrolado na pena de si mesmo, na sua neurose, mas sim a de se movimentar na direcção da árvore da vida com tudo o que se é, quer conhecido quer desconhecido. É uma decisão que deve envolver tanta consciência quanta se consiga aceder na altura da escolha.

Depois deste primeiro “sim”, possivelmente todas as decisões futuras são, segundo a própria natureza do crescimento, imperfeitas, questionáveis, às vezes certas e às vezes erradas. Isto não altera o dominante Sim. Tendo dito esta palavra (à luz do aspecto desejável do fruto da vida), a pessoa tem de começar a confrontar-se com o tipo de desenvolvimento que a própria vida implica. Isto significa, entre outras coisas, reconhecer a importância do desenvolvimento do ego criativo através do qual se fazem as escolhas específicas. Isto também significa olhar de frente aspectos da psique geralmente evitados, para poder resistir aos puxões profundamente regressivos, esses elementos satânicos que arrastariam a pessoa de volta a velhos e destrutivos hábitos reactivos.
(...)

Quando uma pessoa chega realmente ao jardim, à árvore da vida, quando ela alcança o seu sentido como um microcosmo de ampla Liberdade, o jardim não será o mesmo. O acontecimento da consciência que existe entre o Éden e o Getsémani é (...) um grande acontecimento. E é difícil. E incrivelmente compensador porque traz a pessoa a si mesma e a uma nova relação com Deus. Só pode acontecer passo a passo, começando com a necessária saída da inocência do primeiro jardim.”

"O ESCOLHEDOR"
ELIZABETH HOWES e SHEILA MOON
(Tradução de Aldegice Machado da Rosa)


"Quando as chamas do fogo sagrado se elevam,
colacai nelas, com fé, as oferendas sagradas."


OS UPANISHADES

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