"Toda a Antiguidade, seja ela mediterrânea ou “barbara”, destacou uma personagem divina de natureza feminina, com diferentes nomes e diferentes aspectos.
O povo judeu não escapou a essa intromissão da Deusa, e a Bíblia hebraica está cheia de conflitos que opõem os partidários do Deus pai (o Javé do Sinai, antigo deus-lua dos semitas do Médio Oriente) aos partidários da Deusa Mãe, a Istar babilónica que se tornou mais tarde Astarteia e Vénus-Afrodite, quando não era Diana-Artemisia:
uma divindade feminina cuja função materna se desdobrava necessariamente numa função erótica. Sabemos muito bem que essa função erótica iria ser escondida desde o início de um cristianismo inteiramente orientado para uma masculinidade triunfante e uma castidade exemplar, resultante a maior parte do tempo de um terror instintivo relativamente aos mistérios da mulher."
J.M.
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