O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, janeiro 11, 2004



"Dependemos, para fazer uma obra, da opinião dos que nos estão próximos, solicitamos, mendigamos as suas homenagens, perseguimos sem tréguas esses que de entre eles emitem sobre nós um juízo matizado ou até equitativo, e, se tivéssemos meios para tanto, forçá-los-íamos a adoptarem a formulação de outros, exagerados, ridículos, sem proporção nem com as nossas capacidade nem com as nossas realizações."
Emile Cioran

- Não são assim os políticos que conhecemos, e tal como toda a gente falsa que busca protagonismo, fama e poder, os falsos escritores pintores ou poetas? Não é assim que se trabalha o mundano sucesso nesta vida de intriga e miséria, de interesses abjectos e comercialização do ser enterrado até à medula, no pântano das sua mentiras, ilusões ou fantasias? A sua cegueira e sede egóica de poder é tanta que ignoram a realidade profunda das pessoas e fazem da política apenas a sua vanglória de mandar...

Não é este mundo de prostituição e ignominia que desfila todos os dias nos écrans da televisão até à repnugnância, o Mundo em que vivemos ?

Ainda não estamos fartos de Casa Pias e piedosas criaturas que salvam ou enterram o próximo na sua luxúria máxima que é o afundar-se nos detritos do ser, todas as suas vilezas e fraquezas, todas as suas iniquidades? Sejam eles dos prós sejam dos contra?
A natureza humana à partida é toda igual e sem uma CONSCIÊNCIA de si mesmo e da dualidade de cada ser, ninguém sabe quando a nódoa cái no pano...

E não anda tudo a cuspir para o ar?...

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