O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, janeiro 02, 2004

“No princípio está o que não tem nome.
O que não tem nome é a Mãe de todas as coisas.”


SABEDORIA CHINESA


A Divina Mãe entoa o majestoso canto da Vida: triunfantes notas de miríades de Universos vibram em uníssono ao ritmo perpétuo de sua melodiosa canção, até se absorverem no acorde final da divina sinfonia.
Novo ressoar da vibrante harmonia, novo alento sonorizando Vida, e o Cosmos vibra ao eterno e divino compasso da música das esferas.

Através dessa forma poética, referem-se os gurus à energia ou poder secreto e misterioso que impregna o Universo e tudo que nele existe, sendo assim a única responsável pela Manifestação Vital em todo e qualquer plano. (...)
Mas quem ou o que é essa Divina Mãe, a Matriz de tudo quanto é manifestado, causado, nascido para ser perpetuamente transmutado?

O que ela é escapa a toda e qualquer concepção ou definição intelectual; o facto de a conhecer pelos efeitos, pelo dinamismo que submete o Universo a uma contínua e constante transmutação, em nada contribui para revelar o que efectivamente é em si mesma: “o molde, a forma e receptáculo, o aspecto da natureza indispensável à manifestação” – a matéria-prima de todo o Universo.


In FONOSOFIA, Ramanadi (edição FEEU), Porto Alegre, 1979

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