O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 05, 2004

"Muitas mulheres são sensíveis como a areia é sensível á onda, como as árvores são sensíveis à qualidade do ar, como uma loba pode ouvir o passo de um outro animal entrando no seu território a mais de um quilómetro de distância.



A INTUIÇÃO DAS MULHERES
OU A MULHER SELVAGEM...


>O magnífico dom das mulheres com essa sintonia consiste em ver, ouvir, pressentir, receber e transmitir imagens, idéias,sentimentos com a velocidade de um raio. A maioria das mulheres consegue sentir alterações, as mais subtis no temperamento de outra pessoa, consegue ler expressões faciais e corporais - sendo essa capacidade chamada de intuição – e, muitas vezes, a partir de uma infinidade de pistas minúsculas que se reúnem para lhe dar informação, sabe o que se está passando na cabeça dos outros. Para poder usar esses talentos selvagens, as mulheres mantêm-se abertas a todas as coisas. É porém, essa mesma abertura que a deixa vulnerável nas suas fronteiras, expondo-se assim a danos do espírito.
(...)

NESSE SENTIDO UMA MULHER QUE LEVOU UMA VIDA TORTURANTE E NELA MERGULHOU FUNDO DISPÕE, SEM A MENOR DÚVIDA, DE UMA PROFUNDIDADE INCALCULÁVEL.

Apesar de ela ter alcançado essa profundidade através da dor, se ela tiver cumprido a árdua tarefa de se agarrar à consciência, ela terá uma profunda e próspera vida da alma e uma feroz crença em si mesma independentemente de eventuais hesitações do ego."


in MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS
DE CLARISSA PINKOLA ESTÉS

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