LENA GAL - MANHÃ INSULAR
Porque escamoteamos estas questões como se elas não fossem questões de fundo num mundo horrendo de assassínio legal e guerra instituída?
Não é essa a lei dos homens, não é esse o mundo patriarcalista, o mundo de domínio das armas e do mais forte, em que metada da humanidade, as mulheres, foram e são instrumentalizadas como reprodutoras ou objectos de prazer, como num mau filme de ficção científica e ninguém faz nada nem as mulher se sublevam ou conseguem sequer ter VOZ própria?
E que fazem os homens além de instrumentalizar a mulher e fazer guerra e política como se guerra fosse embora de palavras? Falam todos de falo erguido (já não usam espada à cintura) uns contra os outros e são machos rijos e dão prova disso, quando não do contrário e são humilhados, com a afronta de que não fizeram filhos - prova de virilidade...
"Os votos das mulheres não se dão. Usam-se estratègicamente, para premiar ou castigar os resultados e os exemplos: a nível nacional, regional e local e europeu.”
(...) “Os partidos proclamam que só graças a eles a mulher não é mais descriminada nem mais explorada, nem mais violentada. E continuam a descriminar as mulheres."
(...)
"Nas sociedade mais democráticas, os mecanismos egualitários, são permanentemente actualizados e afinados, para o rápido sucesso da igualdade/paridade. Na nossa sociedade, os progressos são de lesma. A convergência acelerada para níveis igualitários é rara na agenda política e na agenda dos media. As palavras abortam as acções. Para descriminação e para as vítimas da violência de toda a espécie, não faz sentido falar do dia da Mulher, mas da vida das mulheres. Das descriminadas, violentadas e violadas. Das idosas atoladas na pobreza, exclusão, solidão, no inferno das bichas de espera e insuficiência de pensões. Das divorciadas vítimas da inificácia de tribunais e abusos dos ex-maridos."
(..)
De Teresa Ribeiro da Cunha
Membro do European Women Lobby
(Excerto de artigo em “Ponto de Vista” in D.N. 2004)
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