O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, fevereiro 13, 2005

CONTRA A DEMAGOGIA ALUCINATÓRIA E A FARSA DOS POLÍTICOS, CONTRA OS DOGMAS DAS IGREJAS E O SEU CONSERVADORISMO

"No mundo do poder masculino a mulher é escrava do homem e o homem da sociedade. A existência da mulher é insulto, insignificância. Mas antes a insignificância do que a existência penosa imposta ao homem pelos arquitectos do pensamento universal.

Em todas as famílias do mundo, marido e mulher se digladiam nas quatros paredes. O que eles não entenderam ainda é que tanto o homem como a mulher são vítimas de um sistema milenar arquitectado por cérebros astutos, tiranos, desumanos, vivendo em esferas inalcançáveis.”

PAULINA CHIZIANE

Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras.


(...)
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma a palavra em moedas
Como se fez com o trigo e com a terra.


Sophia de Mello Breyner

"O mistério do mal não é da ordem do saber.
Situa-se a outro nível, bem mais fundo"


- O que é necessário é ir mesmo mais fundo nesse outro nível que normalmente políticos e jornalistas nunca tocam, à excepção deste homem lúcido e há muito poucos. Precisamos todos realmente questionar onde começa o verdadeiro mal...que não apenas no outro...e sempre exterior "inimigo" quando somos nós mesmos que projectamos a nossa "Sombra" não integrada e a consideramos fonte do mal, quando o mal não existe senão na dualidade do pensamento ocidental católico e não só...

Realmente a nossa "civilização" não saiu do impasse e continua hoje afundada na mesma dualidade e ninguém quer ver que o inimigo nasce dentro de nós mesmos e dessa dicotomia tão mal compreendida pelo homem ocidental. E tudo porque convém aoS patriarcas tanto religiosos como militares manter as "massas" na ignorância - pelo dogma ou pela ideologia - para as dominar através do poder religiosos e militar e daí tirar os dividendos de uma raça que domina metada da sua espécie...

NÃO É POR ACASO QUE A DIREITA E OS SEUS "MINISTRO DA GUERRA"
SE ALIAM SEMPRE AOS PADRES E À IGREJA!
EM NOME DO "DIREITO À VIDA", À CUSTA DAS MULHERES E CONTRA AS MULHERES...
O CONSERVADORISMO POLÍTICO E RELIGIOSO ANDAM SEMPRE A PAR NAS DITADURAS.

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