O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, dezembro 12, 2006

"O sábio devia render a fala à mente, a mente ao seu sabedor, o eu sabedor ao Espírito do Universo, e o Espírito do Universo ao Espírito de paz.

Despertai, erguei-vos! Lutai para chegar ao mais Alto e estar perto da Luz! Os seres iluminados dizem que o caminho é estreito e difícil, tão estreito como o gume de uma navalha."

in OS UPANISHADES

Quando coloco aqui estas citações de sabedoria milenar tenho plena consciência da aparente contradição que suscita em quem pensa que a luta pela consciência da mulher, assumindo que esta página lhe é exclusivamente dedicada, não passa por uma consciência profunda de cariz místico ou metafísico se preferirem. Por essa razão queria esclarecer que não separo a Consciência do Feminino da Consciência do Sagrado e do eterno como experiência profunda do SER enquanto pessoa em evolução.
Há nisto tudo uma meta e um foco. O foco é manter a consciência interior do ser em si-mesmo, do ser que não é apenas macho ou fêmea, pobre ou rico, mas os dois em um e é para lá que caminha quem quer atingir essa meta. Depois Sei que enquanto ficarmos presos na dualidade e não formos além da luta por apenas um lado do ser ou uma parte do nosso ser, não vamos a lado algum.
Muitas vezes eu abordo questões de cariz social ou político mas a seguir vem a questão essencial para todo o ser humano e que para cada ser humano devia ser procurar a realização do seu ser em profundidade, ou seja, ligar o Céu e a Terra e unir o corpo a alma e o espírito… É preciso integrar os dois lados do ser, feminino e masculino, unir corpo alma e espírito…

O que eu leio por aí é sempre uma das partes do ser em luta com outras partes…são os intelectuais a defenderem as suas ideias ou ideais, os espirituais a defender a suas crenças, são os materialistas a defender a sexualidade e o corpo como se este fosse a única realidade do ser…Os intelectuasi julgam que são o que pensam e os seus valores, os religiosos julgam que não são nada em função do seu deus e actuam de acordo com os tabus das suas crenças, e os materialistas em geral defendem os seus direitos e bens (ter ou não ter é a sua questão) a todo o preço…e assim se pensa e vive em luta uns contra os outros na vida de todos os dias e isso se feflecte no que escrevem.

...E como em casa onde não há VERDADEIRA CONSCIÊNCIA, todos discutem e ninguém se entende…


Nada disto que digo é “políticamente correcto” e não faz sentido intelectualmente; o meu estilo é desfazado desta realidade que é a sociedade “cívica e culta” e eu não luto nem discuto deveres e direitos ou defendo a “emancipação” da mulher enquanto ser social desfavorecido e anulado. Posso de passagem focar alguns desses aspectos mas o propósito desta página é a Consciênica do Feminino, o elo sagrado da mulher com as forças cósmicas e telúricas e a sua capacidade de transformar o mundo com amor e harmonia quando deixar de lutar pelo macho e estiver presa na sua ignorância ao mundo patriarcal, pensando e agindo como os homens ou como mero objecto de prazer, procriação etc.
Se me confundirem com outra coisa qualquer é-me igual. Não pertenço a nenhum grupo ou categoria social ou política e tão pouco sexual!
Rosa leonor

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