O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, dezembro 08, 2006

UMA MULHER PRESIDENTE
FARÁ A DIFERENÇA?




DA IGNORÂNCIA DOS POLÍTICOS
À NOVA-VELHA CENSURA…


Os jornalistas contam o que querem, é só uma opinião entre outras…
(…)
Os nossos políticos são assim, seja qual for a sua cor. Não sabem e têm raiva de quem sabe. O seu sistema de percepção transforma a questão feminina num pormenor insignificante. As mulheres são apenas lobby entre outros tantos. E ainda se pergunta, porque será que os políticos carecem de credibilidade! Pessoas que só se lembram das mulheres em dia de eleição não merecem a confiança dos eleitores, e muito menos os votos das eleitoras. Os nossos homens políticos são ignorantes.

- E era suposto contarmos com eles para defender os nossos direitos?
Ainda estamos no ponto de ter que explicar evidênicas a interlocutores duvidosos e incultos, que não hesitam em afirmar que a igualdade entre homens e mulheres é um dado adquirido. Vigora a ignorância mais crassa que, aliás, se exprime abertamente todos os dias. Pode dizer-se e escrever-se sobre as mulheres as asneiras mais infames, sem que isso provoque a menor indignação. A gaiola de vidro funciona muito bem. O sexismo provoca muitos danos e isto não é sabido. Não é denunciado, não é descrito, não é deplorado, não são analisados os efeitos que influenciam os nossos comportamentos, sem nos darmos conta. Como se não existisse.

- Isso é estranho, nestes tempos de comunicação em todos os sentidos.

- Não é nenhum fenómeno novo. A isso chama-se censura.”


(…)
in "todos os homens são iguais ...mesmo as mulheres"
de isabelle alonso


Sabemos que é exactamente assim e isto na França, um dos Países de maior tradição de liberdade igualdade e fraternidade…
Então como será em Portugal vindo directamente do fascismo e da velha censura enraizada nas mentes sem que tenha havido qualquer evolução da consciência quer dos homens quer das mulheres, tendo apenas mudado os discursos e os slogans dos Partidos que sempre e só se serviram das mulheres para caçar votos…

Claro que a autora do livro refere que só na Grécia é que há menos mulheres na Assembleia mas que Espanha e Portugal sendo novas Democracias têm mais mulheres na Assembleia do que em França…

Eu apenas pergunto: de que serve a Portugal ter mais mulheres na Assembleia se são apenas mulheres que pensam como homens e cuja palavra não têm qualquer peso e são apenas figuras de estilo? Para dar cor ao Parlamento.

Como é que se pode ter, por exemplo, na Assembleia da República, uma senhora da catequese (Matilde Sousa Franco) e na bancada do partido socialista? Nada mais do que um oportunismo macabro de se servirem da senhhora viúva para votos…Agora pagam o preço! A dita senhora ESPECIALISTA EM MUSEUS juntou-se corentemente aos médicos mais retrógados e às senhoras da Cruz Vermelha, (onde devia realmente pertencer…) para mais um movimento do “Não” contra a despenalização do aborto.

ASSIM PORTUGAL SÓ PODE ANDAR PARA TRÁS...

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