O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, setembro 13, 2007

AS MULHERES SÃO AS GUARDIÃS DA TERRA MÃE




"AS MULHERES SÃO AS GUARDIÃS TITULARES
DE TUDO O QUE HÁ DE PURO E JUSTO NA VIDA"


Mahatma Gandhi

Nenhum santo ou pensador católico afirmaria tal coisa...
Para além da utopia dos indianos e as suas contradições inerentes a um Estado caótico, afectado na sua essência pela colonização inglesa e a influência ocidental moderna, a mulher na Índia através do Tantra e da paridade dos seus Deuses sempre foi considerada uma igual, ainda que na realidade de hoje e na pobreza extrema se cometam muitos crimes sobre a mulher desde que nasce até à morte não esquecendo o antigo ritual funerário em que a mulher era morta para acompanhar o defunto marido...

1 comentário:

Paula Marinho disse...

As vezes (quase sempre) necessito de beber na fonte de conhecimentos, questiono, duvido, medito, pergunto, procuro. Sou inquieta por natureza, por essência. Me conheço assim desde... não lembro, e já não me importa mais. O que importa, e isso sim é verdadeiramente importante ao menos para mim, é buscar conhecimento. Querida, suas postagens são uma das tantas fontes espalhadas cuidadosamente descuidas para que nós mulheres possamos beber e nos regozijar. É muito bom poder saciar essa inquietude todas as vezes que venho aqui e aprendo coisas novas. Como já lhe disse sou leiga e tenho muito que aprender, muito que descobrir, mas tenho achado em você uma belíssima fonte, sou-lhe eternamente grata por me dar a mão e me ajudar nesse encontro comigo, com as mulheres, com a mulher que sou por essência e com a Mãe. Lembro-me do primeiro comentário que fiz, morrendo de medo e vergonha de não saber o que dizer e da surpresa que tive quando você me deu coragem para seguir em frente. Eu que não escrevia nada a tantos anos. Queria retribuir e hoje fazer-lhe uma homenagem. Enviar de volta toda essa energia benéfica e maravilhosa que recebo. E de onde tenho alimentado a alma. Desde que cheguei aqui a mudança em mim tem sido perceptível e agora com uma diferença, EU as vejo, as sinto e as assumo. Rosa, não quero ser morta para acompanhar o defunto... ainda que simbólico. Quero também eu um dia, poder fazer melhor o caminho de outras, ainda que distantes como estamos. Acredito na afirmativa de Gandhi, somos sim guardiãs e haveremos todas de despertar pra isso. Pois como diria Antoine de Saint Exupéry: "...Os homens de teu planeta cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram..." precisariam ter a alma feminina para isso... chegaremos ao dia em que livres de dogmas, credos, religiões, falsas tradições, opressões ou qualquer outra coisa, simplesmente nos sentaremos ao chão em um círculo sagrado de mulheres e riremos e faremos a paz.
Finalmente pude parar e ler os seus posts e não quero mais me fazer ausente.
PAZ!