O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, julho 25, 2008

OS MISTÉRIOS DA MULHER

“Uma discussão sobre a natureza do princípio feminino e as leis que o governam é de vital importância tanto para os homens como para as mulheres de hoje em dia. Como vimos, na nossa cultura ocidental do séc. XX, esse princípio tem sido negligenciado e suas exigências têm sido satisfeitas somente através da observação mecânica e esteriotipada dos costumes convencionais, enquanto que o cuidado e a busca das fontes da vida ficam escondidos nas profundezas da natureza. Essas fontes de energia espiritual ou psicológica só podem ser alcançadas, como dizem os mitos e as religiões antigas, através de uma aproximação certa da essência feminina da natureza, seja ela sob forma inanimada, seja nas próprias mulheres. É portanto da maior importância que procuremos estabelecer uma vez mais uma relação melhor com o princípio feminino.


Ao encarar esse assunto devemos nos desprender de todas as ideias pré-concebidas de como a mulher é ou do que é o “verdadeiro feminino”, e tentarmos uma aproximaçãocom mente aberta.
A nossa civilização tem sido patriarcal por tanto tempo, com o elemento masculino predominante, que a nossa concepção sobre o é feminino talvez se tenha tornado preconceituosa. Por exemplo, tornou-se um “facto” estabelecido entre nós que o masculino é forte e superior e o feminino fraco e inferior. Só recentemente é que esse dogma foi ameaçado pelas mulheres que, em sua revolta, têm não só questionado a teoria, como também demonstrado na prática que esta não é firma. Porém ainda persiste o preconceito de que os homens são, de alguma maneira, independentes na realização pessoal, do carátcer ou força, superiores às mulheres - que o homem em si é superior à mulher. Em sociedades matriarcais o reverso dessa conjectura é verdadeiro.”(...)

In OS MISTÉRIOS DA MULHER
M. ESTHER HARDING
Republicando..

3 comentários:

Sirius disse...

Eu constato o que vc escreve , aqui , na minha cidade e na outra em que eu vivia. Mas, tb percebia e percebo que muitas mulheres, supostamente dominadas por pais, maridos e filhos usam de uma fina astúcia e acabam por manter a hegemonia em suas mãos. Vejo ai resquícios antigos trazidos pelas almas destas mulheres.
Busquei isso em mim, militei mesmo sozinha (ao menos neste plano) em ser uma mulher livre destes grilhões. Meu corpo padeceu, não sou deformada, mas tenho bloqueios energéticos que estão sendo revistos e retirados à custa de massagem terapêutica, quiropraxias , acupuntura egipcia...é tudo o que eu tenho direito..e a cada massagem, o corpo emite sinais, lembrando-se das situações e fatos que por eu não ter conseguido debelar no momento entranharam-se em mim provocando estas distorções. Retirar o bloqueio é mudar opadrão energético e ficar muito atenta, com a consciência muito apurada para não submergir....
Estou conseguindo...

Sirius disse...

Eu constato o que vc escreve , aqui , na minha cidade e na outra em que eu vivia. Mas, tb percebia e percebo que muitas mulheres, supostamente dominadas por pais, maridos e filhos usam de uma fina astúcia e acabam por manter a hegemonia em suas mãos. Vejo ai resquícios antigos trazidos pelas almas destas mulheres.
Busquei isso em mim, militei mesmo sozinha (ao menos neste plano) em ser uma mulher livre destes grilhões. Meu corpo padeceu, não sou deformada, mas tenho bloqueios energéticos que estão sendo revistos e retirados à custa de massagem terapêutica, quiropraxias , acupuntura egipcia...é tudo o que eu tenho direito..e a cada massagem, o corpo emite sinais, lembrando-se das situações e fatos que por eu não ter conseguido debelar no momento entranharam-se em mim provocando estas distorções. Retirar o bloqueio é mudar opadrão energético e ficar muito atenta, com a consciência muito apurada para não submergir....
Estou conseguindo...

Anónimo disse...

Prezada Rosa
Saudações... uma amiga muito me recomendou o teu blog... lindos textos, material pertinente, instigante.
Eu queria lhe oferecer algo que lavrei sem muito cuidado na grafia e na gramática, ainda por cima receoso das dissonâncias entre os nossos falares...
De toda forma... gostaria que avaliasses e desculpasse qualquer nota estranha...

grato

Juan Bersot

Aprecio muito o nome próprio de cada ninfa...
Mas sei que é o apelido que escolhido
A veste com que - na verdade - se despes...
De tanto conceito, preconceito...
Régua e esquadro
Regras e escarros
Que disfarçados com o amargor dos remédios
Embotaram nossas mentes
Atrofiaram nossas almas...
É a libido, força interna, que se traduz em apelido
Inicia a personificação de seu papel genuíno
A rosa que teima em nascer
Apesar de todos os golpes
Acredito que as que chegam
A freqüentar os locais da rede virtual para procurar aventuras
E as que chegam aos locais semelhantes mas da realidade material
São aquelas mais fortes que se recusaram
A simples atrofia da maioria das flores
Cujas ninfas se dissolvem ocultas em casulos, apavoradas!
Uma fração não se submete – sempre foi assim...
Mas não havia outrora como combinar
Como se espelhar!
Essas formam as primícias...
O que confere a sua libido tal poder?
Talvez a causa tenha sido um excesso de cargas
Da vida "normal" a que se submeteram sempre
Plantas cuidadas pelo Jardineiro da tradição patriarcal
Que sabe apenas podar
Cortar ramos e gemas
Aduba com esterco
Desde que aceites crescer
Apenas do jeito dele

O jeito do pai-padre - religião
Que nega para evitar erros
Não caminha, corra ou voe...
Ajoelhe-se para não se machucar
Ah! As cartilagens se danificaram?
Pena... Mas já estás a meio caminho de deitar
Quando dessa vida tiveres de partir...

O jeito do pai-patrão - mercado
Que nega o valor essencial de cada um
Não caminhe, corra e voe...
Para a terra de justiça e liberdade
Para a fraternidade e a igualdade
Aceite o quinhão que lhe deu o nascimento
Esqueça que nascemos todos
Simiescos na aurora da humanidade
Um especulador, um atravessador, um usurpador!
Matou não só Abel, mas Caim
Derrubou Adão e Eva...
Da lobotomia de ambos sobrou apenas...
Uma lembrança traumática...
Uma impressão imprecisa que atende por Lilith...
O valor essencial de cada um é pedrisco então!
Não a jóia fina e única...
A nossa riqueza fica oculta nos subterrâneos
Da montanha de Aladim
Somos apenas pedrisco para o Mercado
Aceitamos o acabamento tosco
De marmoraria ordinária para alguns
E fábrica de brita para a maioria
Que a educação recebida através
Da família, da escola, do sistema "enfim"...
Nos “qualifica”
Para sermos lixeiros, padeiros, agricultores,
Pedreiros, operários, serviçais,
Médicos, engenheiros, professores,
Gestores, proprietários, acionistas!
Mandantes e únicos “cidadãos especiais” que desfrutam
Do acúmulo da riqueza produzida...

Enquanto isso, nossas riquezas externas
Nos são negadas
E as riquezas internas que tendem
A aflorar à superfície de nossas personalidades
A medida que a vida... E o
Sempre são saqueadas e forçadas
Nos subterrâneos da caverna de Aladim
Pois bem mais de quarenta ladrões
Nos furtam, roubam, esfolam, mutilam
As cem mil faces que a personalidade genuína
Pode expressar em seu caminho para ter
Consciência de si mesmo
Percepção de suas asas
Força para voar
Porém o segredo da caverna
Está numa palavra tão pequena como a semente
Simbólica... Sésamo...
Sexo... Que possui a força e o poder
De outra parábola celebre do Mestre tão destorcido...
O grão de mostarda...
Abrir essa porta... Deixar as forças da Libido
Ativamente fluírem, removendo o entulho!
As barreiras morais instituídas
Não para o crescimento humano
Mas para a expropriação e o acúmulo das riquezas
Geradas pelo trabalho social
Desde que se dividiu a sociedade
Primeiro pela negação do prazer mais simples
Pela negação da igualdade do outro
Pela sua submissão - mulher, escravo!
Mãos atadas e corpos disponíveis
Para uso e abuso do proprietário!

E assim tibiamente a princípio caminham as ninfas...
A sua jornada para a superfície a Libido enfim conseguiu forçar a rocha
Permitindo que uma pequena nascente
Aflore, rompendo num filete que mina
A montanha
Que cobre tuas riquezas

Enquanto as portas da câmara oculta
Não forem abertas
Colheremos as pepitas e as gemas finas
De teus orgasmos
Mas misturados a eventuais pedriscos
Pedregulhos que caem na corrente
A medida que a Libido
Forçar para a superfície o teu melhor
Oculto pelas obrigações ser mulher
Como um modelo de roupa da revista Burda...
Moda... burka da alma feminina!

Vamos garimpar... Vamos investigar
O nosso sexo juntos
O Ligan na Yoni
A flor a se desabrochar
A pele lisa a alcançar sensibilidades
Insuspeitas...
A Libido aflorando...
Sugerindo combinações antes sequer imaginadas
O corpo se curando, se abrindo...
Desejando...
Expulsando o homúnculo que o controla

A porta aberta, as asas fortes
O corpo enfim dando o impulso
Seu espírito alcançando a plenitude...