O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, abril 03, 2016

A MULHER OBJECTO...DE ESTUDO...


A ABOMINÁVEL REALIDADE
EM QUE VIVEM AS AINDA MULHERES NO MUNDO...


Uma realidade que toda a gente parece querer escamotear em nome da "emancipação" da mulher em que as próprias mulheres acreditam e fingem ser o que não são, portanto não querem ver as atrocidades modernas que se cometem sobre ela no mundo inteiro, bastantes diferentes é certo das que se cometiam em séculos anteriores.

Mas nós não podemos continuar a ignorar que vivemos numa sociedade Androcentrica e Falocêntrica, onde existem enormes pressões e pressupostos antigos ou novos conceitos que incidem de uma forma ou outra sobre a inferioridade ou a fragilidade da mulher;  assim como abundam conceitos e mesmo novas abordagens de cariz psicológica, sexual e até "espiritual" a corroborar essa inferioridade e sujeição (em nome da ciência até, como no parto em que elas são sujeitas a um sofrimento inaudito, de quase abuso e prepotência por parte de médicos e enfermeiras) e todos eles em detrimento da verdadeira natureza da mulher; sempre em detrimento da sua dignidade, liberdade e capacidade de decisão,  e das suas faculdades intrínsecas e da sua própria verticalidade como ser humano; nenhum especialista tem em conta  obviamente a sua divisão milenar (m duas -espécies de mulheres: a santa e a prostituta, anátema que pesa a TODAS AS MULHERES INDEPENDENTEMENTE DE SEREM uma ou a outra e que por mais modernas que se julguem as  e pensem elas ser em relação ao passado histórico, elas sofrem esta espécie de diria amputação da sua verdadeira identidade pelo poder patriarcal há centenas de anos e pouco mudou de findo...
Sofrem de uma opressão social e psicológica milenar  que continua a acontecer nos dias de hoje de forma bastante subliminar, o que é  gritante porque, como diz uma amiga, essa opressão-abuso do seu ser se manifesta depois como consequência ao nível de muitas doenças:


..."as mulheres, muitas vivem amarfanhadas, gerando doenças oportunistas que as levam ao sofrimento e à morte. Umas dentro da relação com quem as maltrata, agride, desrespeita. Outras há que ao tentarem sair desse círculo vicioso de sofrimento, de anulação e dissolução, acabam igualmente sendo agredidas e perseguidas pela própria família e restante comunidade onde estão inseridas. Nos meios mais pequenos ou médios a mulher só, é o bode expiatório de todo o homem e mulher que se encontre em estado de frustração (que é a grande maioria). Mesmo nas sociedades ditas matriarcais essa ignomínia acontece. E são justamente as mulheres cativas, conjuntamente com os homem impotentes, que viram todos contra a mulher só. Mesmo quando a mulher se destaca em árias "pertencentes" e avidamente reservadas aos homens. Aliás, a mulher só, experimenta essa ferocidade falocrática, contra si própria, com muita mais intensidade aí. Por ter conhecimento desta Abominável realidade é que Repudio Fortemente tudo e todos que ponham em causa a capacidade e autonomia da mulher."* -



*Antígona Becca Salles Casalinho
rosa leonr pedro

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