"Como é que a mulher selvagem influencia as mulheres? Tendo-a como aliada, chefe, modelo e professora, vemos não só através dos nossos dois olhos, mas através dos olhos da intuição, que tem muitos mais. Quando afirmamos a nossa intuição somos como a noite estrelada: vemos o mundo através de milhares de olhos."*
"Temos que nos esforçar para as nossas almas crescerem de forma natural e alcançarem as suas profundezas. A natureza selvagem não exige que uma mulher seja de uma determinada cor, que tenha uma determinada educação ou um determinado estilo de vida ou que pertencça a uma determinada classe económica... Na verdade, ela não se pode desenvolver-se numa atmosfera de obrigação ou de correcção social e política, nem pode ser forçada para que encaixe nos moldes antigos e caducos. Ela só se desenvolve com o olhar puro e honestidade pessoal. Só se desenvolve com a sua própria maneira de ser.
Portanto, tanto faz que seja, introvertida como extrovertida, que seja uma mulher amante da mulher, uma mulher amante do homem ou uma mulher amante de Deus ou as três coisas ao mesmo tempo, tanto faz se tem um coração simples como se for ambiciosa, como ser Uma Amazona, ou se quer chegar ao topo, como lhe basta continuar divertindo-se até de manhã, não importa se é alegre ou se é de temperamento melancólico, se é esplêndida ou se é arrogante, a mulher selvagem pertence a si mesma. Pertence a todas as mulheres.
Para encontrá-la, as mulheres devem voltar para as suas vidas instintivas, ir buscar os seus mais profundos conhecimentos. Por conseguinte, vamos andando agora mesmo e vamos recordar a nossa alma selvagem. Deixemos que sua carne volte a cantar nos nossos ossos. Despojemo-nos de todos os falsos mantos que nos deram. Compensemo-nos com o verdadeiro manto do poderoso instinto e a sabedoria. Entremos nos territórios psíquicos que nos pertenceram. Descobrir as vendas, preparar a medicina. Vamos voltar agora como mulheres selvagens que uivam, riem e cantam os louvores daquela que tantos nos ama.
Para nós a escolha não oferece dúvidas. Sem nós, a mulher selvagem morre. Sem a mulher selvagem, nós morremos nós. Para a vida, para a verdadeira vida, ambas temos que viver."*
*Clarissa Pinkola estés
Mulheres que correm com os lobos (Introdução)
Para encontrá-la, as mulheres devem voltar para as suas vidas instintivas, ir buscar os seus mais profundos conhecimentos. Por conseguinte, vamos andando agora mesmo e vamos recordar a nossa alma selvagem. Deixemos que sua carne volte a cantar nos nossos ossos. Despojemo-nos de todos os falsos mantos que nos deram. Compensemo-nos com o verdadeiro manto do poderoso instinto e a sabedoria. Entremos nos territórios psíquicos que nos pertenceram. Descobrir as vendas, preparar a medicina. Vamos voltar agora como mulheres selvagens que uivam, riem e cantam os louvores daquela que tantos nos ama.
Para nós a escolha não oferece dúvidas. Sem nós, a mulher selvagem morre. Sem a mulher selvagem, nós morremos nós. Para a vida, para a verdadeira vida, ambas temos que viver."*
*Clarissa Pinkola estés
Mulheres que correm com os lobos (Introdução)
Sem comentários:
Enviar um comentário