AS MULHERES ESTÃO TODAS DEPENDENTES, os homens também, mas especialmente as mulheres, regra geral, são dependentes do homem, do filho e do pai-deus...
“…o traço unitário da doença mental – a dependência”.*
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“…o traço unitário da doença mental – a dependência”.*
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"Podíamos acrescentar: o traço unitário da saúde mental – ser-se independente de outro ser, porque nos sentimos inteiros, mas a quem permanecemos ligados por uma indecifrável fragilidade. No amor, a nossa satisfação não se consegue atingir sem que a pessoa que amamos ,esteja satisfeita.
É preciso sermos fortes para vivermos este ofício desprendido – a nossa liberdade de ação que nos dá um sentido de competência e o vínculo que nos liga ao outro em assuntos específicos . Agora, chegamos para estar com ele, estamos mais ricos e mais fortes.“E o vínculo é de lealdade e não de dependência; de afeto e respeito, e não de necessidade e medo da perda.”
Se há um contínuo que liga a normalidade à patologia, a mesma linha une a independência à dependência. Nesta ultima condição, “Alguém faz-me falta para me sentir completo, inteiro; mas não para formar uma nova unidade, o par” (o par amoroso, o par de colegas, o par de amigos….). Pelo que, não se vive bem connosco e com o outro, neste intrincado de necessidades e expetativas irrealistas. É a prisão das esperanças sem sentido que se chocam, e de todas as insatisfações. O que se quer por vezes, é a fusão, que o outro se cole à imagem e semelhança do que desejamos. E que se apague, porque, a pessoa que ele é, na verdade, pouco importa. O que impera é a nossa necessidade e o medo de ficarmos por nossa conta e sós."
*As citações são de: António Coimbra de Matos
texto da psicóloga cristina simões - in incalculável imperfeição
É preciso sermos fortes para vivermos este ofício desprendido – a nossa liberdade de ação que nos dá um sentido de competência e o vínculo que nos liga ao outro em assuntos específicos . Agora, chegamos para estar com ele, estamos mais ricos e mais fortes.“E o vínculo é de lealdade e não de dependência; de afeto e respeito, e não de necessidade e medo da perda.”
Se há um contínuo que liga a normalidade à patologia, a mesma linha une a independência à dependência. Nesta ultima condição, “Alguém faz-me falta para me sentir completo, inteiro; mas não para formar uma nova unidade, o par” (o par amoroso, o par de colegas, o par de amigos….). Pelo que, não se vive bem connosco e com o outro, neste intrincado de necessidades e expetativas irrealistas. É a prisão das esperanças sem sentido que se chocam, e de todas as insatisfações. O que se quer por vezes, é a fusão, que o outro se cole à imagem e semelhança do que desejamos. E que se apague, porque, a pessoa que ele é, na verdade, pouco importa. O que impera é a nossa necessidade e o medo de ficarmos por nossa conta e sós."
*As citações são de: António Coimbra de Matos
texto da psicóloga cristina simões - in incalculável imperfeição
1 comentário:
Muito certo. Mas não concordo que as mulheres sejam mais dependentes, é mais complicado do que isso. Na prática, basta comparar a percentagem de homens que vivem sós com a das mulheres nas mesmas circunstâncias. Os homens é que não conseguem mesmo viver sozinhos,até porque há sempre uma mulher disposta a cumprir a necessidade intrínseca que têm que basicamente parece ser da mãe...
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