O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, outubro 23, 2016

TER MEDO E NÃO TER MEDO


OS MEDOS E A CONFUSÃO DAS MULHERES...


A "confusão" sentida e vivida pela mulher vítima de atrocidades psicológicas reside, na maioria das vezes, no equívoco de "confundir" os sentimentos. Desvalia, ódio, rejeição. Esta mesma mulher que pensa que ama, pode não amar o marido. Muitos outros motivos podem estar contribuindo para que ela viva o sentimento de "confusão". Medo de encarar outra realidade que ela pensa ser mais difícil, que ela pensa que não vai conseguir alcançar. O medo da separação, do divórcio. O medo de ter "fracassado" no seu casamento e por fim, também a possibilidade de ela confundir-se no sentimento de culpa e perder-se no desconhecimento da auto-punição ou auto-destruição."
(...)

in Violência psicológica, Maria da Penha Vieira


NÃO TER MEDO...


"A mulher corajosa não tem medo de investigar o pior. Isso garantirá um aumento do poder da sua alma através das percepções e oportunidades para examinar de novo a sua própria vida e o seu próprio eu. Neste tipo de exploração da terra da sua psique brilha nela a mulher selvagem. Não teme a escuridão mais escura, porque na verdade pode ver no escuro. Ela não teme os despojos, os desperdícios, a podridão, o fedor, o sangue, os ossos frios, as mulheres jovens morrendo ou os maridos assassinos. Ela pode ver tudo, pode resistir a tudo porque pode também ajudar."

~ Clarissa Pinkola Estes

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