Este homem, taxista, de nome Jorge Máximo afirmou para a televisão e em directo na manifestação dos táxis em Lisboa que: as "Leis são como as meninas virgens, são para ser violadas"...
...e enquanto os Mídea e as mulheres se insurgiram contra este individuo grotesco e arruaceiro, um potencial violador, houve nas redes sociais homens de "bem" e de esquerda que o defenderam...
"É o que eu digo! O homem já pediu desculpa! mesmo assim já vai ter de responder a um processo!! Já chega porra!!! Não batam mais no ceguinho! Os pobres quando cometem erros são logo exterminados! os ricos são perdoados! Que grande desgosto tenho eu por ter nascido no seio de um povo tão atrasado e tão estupido!"
É um facto, e é aberrante que os homens como este senhor venham desculpar um arruaceiro e um potencial violador ? Em nome de classes desprotegidas e dos trabalhadores? Coitadinha da besta...já se desculpou? deu o dito por não dito? E pronto, não batam mais no ceguinho, diz um ceguinho ao outro...
A verdade é que dentro do Sistema patriarcal e falocrático as mulheres nunca estiveram a salvo e são sempre tidas como culpadas e tudo o que se possa fazer dizer e ofender uma mulher para estes homens não tem a meno importância. Está implícito nesta mentalidade marialva e misógina, tanto de esquerda como de direita, que as mulheres são para violar porque ou é livre...ou é puta ou se "vende"...isto é bem português - sim tenho vergonha deste povinho boçal e primário...esta raça de predadores...
O problema deles é inconsciente em quase todos - salvo raras excepções - pensarem que hoje em dia são as próprias mulheres a fomentar isso o que pode até ser verdade quando não tem recursos, vivem na miséria e não tem educação ou dignidade...mas a REALIDADE é que os homens não perdoam nem querem que se defenda a integridade de uma mulher! Não perdoam por isso que se defenda a mulher, qualquer mulher! Hão-de querer sempre conspurcá-la e fazê-la cair na sua armadilha...a pornografia - a prostituição e a culpa católica.
rlp
A MALDIÇÃO DE NASCER MULHER
Na voz de um padre...
"Nascer mulher é maldição. O poder, macho, odeia as mulheres. Não suporta a sua fecunda fragilidade. A sua indescritível beleza. O seu arrebatador fascínio. A sua imensa capacidade de resistir, nas condições-limite. E a prova é que os assassinatos de mulheres, casadas ou não, prosseguem, hoje aí, a um ritmo devastador. Coisa banal, simples fait-divers. As mulheres são o útero da vida. Mas o poder, nos três poderes, odeia a vida. Odeia os afectos. O...deia a fecundidade. É assassino. Antípoda das mulheres. Os primeiros nove meses de todos os seres humanos são vividos no útero das mulheres. O facto, só por si, deveria despertar em nós e fazer de nós emoção, ternura, comoção, encantamento, afectos mil. Desperta e desencadeia sobretudo ódios, ciúmes, cobiça, posse, assassínio. São as mulheres, o útero da vida. Nada do que é humano acontece sem elas. O facto é mais do que elementar. Não são precisos doutoramentos para vermos que é assim. Só que o poder não consegue ver, nem o elementar. É cego e bruto. Nega sistematicamente a realidade. Poder e mulheres são duas realidades incompatíveis. Tal como Deus e Dinheiro. E quem diz Deus, diz Feminino, a fonte da vida em relação de afectos. Não diz Dinheiro. Não diz poder. No princípio, é o Feminino. Mas as tecnologias, vazias de fecundidade, estão aí apostadas em dispensar o útero das mulheres. O ódio do poder contra elas vai a tais extremos. Prefere os robots aos seres humanos. E, enquanto não chega lá, faz tudo para esterilizar as mulheres. Convertê-las em poder, de sua natureza, estéril. Só produz espinhos e abrolhos. Como quem diz, refinados instrumentos de tortura, cruzes, guilhotinas, fogueiras, inquisiões, excomunhões, guerras, bombardeiros, bombas nucleares. O terceiro milénio é feminino, ou não será. Uma epopeia hoje quase impossível, depois de milénios e milénios com o poder ao leme do mundo. Com destaque para as chamadas religiões do Livro, o judaísmo, o cristianismo, o islamismo, que vêem no poder, Deus, e nas mulheres, concubinas, prostitutas, de usar e deitar fora. As três são hoje o pecado e o crime organizados do mundo. Esta é, pois, a hora é das mulheres. Do Feminino!"
Mário Oliveira (padre)
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