O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 08, 2019

NÓS CONTAMOS AS MORTAS...

NÃO HÁ PROGRESSO ENQUANTO AS MULHERES FOREM MAL TRATADAS E VIOLADAS...

"Muitas pessoas nos têm pedido para aceitar que as mulheres estão progredindo, porque vemos nossa presença nesses lugares onde não estávamos antes. E aquelas de nós que são repreendidas por serem radicais têm dito: “Não é assim que medimos o progresso. Nós contamos o número de estupros. Nós contamos as mulheres que estão sendo maltratadas. Nós acompanhamos as crianças que estão sendo estupradas por seus pais. Nós contamos as mortas. E quando esses números começarem a mudar de maneira significativa, aí conversaremos sobre se podemos ou não medir o progresso”.

- Andrea Dworkin

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