O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 16, 2019

O ESCAPISMO ESPIRITUAL


No livro inovador de Robert Augustus Masters, “Spiritual Bypassing: When Spirituality Disconnects Us From What Really Matters”, ele escreve:

Os aspectos do escape espiritual incluem desapego exagerado, anestesia emocional e repressão, excesso de ênfase no positivo, raivafobia, cegueira ou compaixão tolerante demais, limites fracos ou muito pobres, desenvolvimento desequilibrado (a inteligência cognitiva geralmente está bem à frente da inteligência emocional e moral), julgamento prejudicado sobre a negatividade ou o lado sombrio de alguém, desvalorização do pessoal em relação ao espiritual e a ilusão de ter alcançado um nível mais alto de ser.”

A propósito do "ESCAPISMO ESPIRITUAL"...
Quando falo do "escapismo espiritual" já tod@s sabemos do enorme e velho escapismo material, o consumo e o cego materialismo! A moda, a cosmética e a decoração etc. , mas estava a pensar muito em particular na forma  como as mulheres em geral se refugiam numa "PARTILHA" de INTERESSES ditos espirituais…

Elas falam sobre as mais variadas coisas, tais como curas e canalizações e astrologia, taralogia, quiromancia; Ocupam-se de outros planos e dimensões, ovnis e chakras e auras, corpos astrais - e enfim também coisas da natureza é certo, especializam-se em hortas, plantas, a tratar dos animais e das árvores e claro tudo em nome da alma ou do espírito, de deus e do céu ou mesmo da Terra...mas minha Mãe, minha Deusa...elas, no seu interior, no seu íntimo, no mais fundo de si, naquela parte que grita e chora… ficam sempre para trás...ignoram a sua dor e somatizam doenças...
Pensam que se realizam abordando temas espirituais ou dedicando-se a artes florais…fazendo meditações e rezando orações matinais e mantras…
Mas no fundo, e na verdade vivem é escondidas ou escudadas com todas essas projecções ideais, as grandes teorias do "BEM" ou do que há-de vir nos salvar...do que NUNCA virá...de arcanjos e anjos ou santos e almas puras e irmãs, que vem numa nave, e que nos virão salvar, mas nunca tratam delas concretamente, NÃO SE SABEM, nunca aprofundam a sua própria alma e o seu ser MULHER.
Nunca vêem o que mais as atormenta, o que lhes vem de dentro, do inconsciente e as faz sofrer... nem querem ver a sua sombra; Vivem contra natura, contra a sua natureza profunda que desconhecem, vivem contra elas próprias...dedicadas ao serviço do outro, do amante controlador e do marido que as asfixia e dos filhos que as absorvem e depois são abandonadas ou morrem de cancro...ou são maltratadas ou até mesmo mortas pelos companheiros…

De que têm medo as mulheres, porque têm tanto medo de si próprias e de enfrentarem as suas emoções, medo de enfrentarem a sua luta interior de ser uma ou a "outra"... ver a sua fragmentação interna, ou das outras mulheres, que as espelham, para se escudarem em tanta coisa que por vezes as nega e as omite e não se querem ver a elas mesmas...e estão do lado de quem as ignora e maltrata e simplesmente as apaga do mapa há milénios.
(...)

(excerto de texto in mulheres & deusas)
ESCRITO EM 2011
rosaleonorpedro

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