O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, fevereiro 07, 2020

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - Bullying psicossexual,


A DICOTOMIA DA MULHER 

A LUTA INTERNA DAS MULHERES AO LONDO DOS TEMPOS ENTRE SER OU NÃO SER "a santa e a puta" e o seu comportamento com os homens e maridos e depois já no nosso tempo a mulher moderna e livre, forçada pela ideia de ser sexualmente livre e não puritana ou não sensual o que a leva a agir, neste caso, como a prostituta adoptando o estilo de comportamento e roupas ou lingeries das mulheres de alterne...

Essa não é a Mulher esclarecida nem a mulher consciente de si e da sua verdadeira liberdade interior mas apenas como mulher objecto. Como diz a autora do texto "Não há uma via intermédia, aparentemente, e não há um verdadeiro reconhecimento da verdadeira essência da libertação sexual, a que não concorda de forma alguma com este seu comportamento sexual." Isso acontece porque a mulher ainda não se encontrou em si mesma primeiro como um todo, sendo mais do que um sexo e um corpo…e porque esta é a forma como o homem a vê e continua a não respeitar como ente, como individuo integral. Ele só a vê como uma mulher função ou de reprodução ou de prazer e em seu beneficio...



ASSIM "Algumas mulheres esforçar-se-ão por responder a desejos desnecessários que são apresentados como necessidades sexuais fundamentais. Muitas o fazem não para agradar a si mesmas, mas para agradar a outros, e isso porque são fortemente encorajadas nesta direção por uma mentalidade externa que lhes impõe uma escolha rígida entre o ser "sexualmente liberta" e o ser "puritana ". Não há uma via intermédia, aparentemente, e não há um verdadeiro reconhecimento da verdadeira essência da libertação sexual, que não concorda de forma alguma com o seu comportamento sexual.
Muitas mulheres que concordam em que o seu corpo seja usado, fazem-no, portanto, sob o peso de um sentimento de insegurança tão oprimente que as fazem cair perante acusações como és  " Frígida", ou de ter " vistas estreitas " e, Deus nos livre disso,  de ser "moralista", e de todas as etiquetas que são consideradas intoleráveis. Trata-se de bullying psicossexual, e as consequências são duradouras e pesadas.

No seu livro, Jane Fonda descreve como em várias ocasiões foi forçada sexualmente quando era jovem para satisfazer o marido.

"O que ele queria era fotografar-me nua. Eu levo tempo a explicar a mim mesma como não pensei que podia dizer não mesmo que eu não quisesse fazer o que ele me pedia. É uma coisa dolorosa para se  escrever, mas eu faço questão disso porque eu quero que quem me lê, em especial as mulheres, saibam que até uma garota que se julga desperta e inteligente,  tem tão pouca auto-estima e acredita que uma mulher deve "ficar" perante estas situações, ou que vai acabar por se encontrar uma saida. Difícil de explicar. Tive um caso muito curto com ele, e odiei cada momento. Principalmente odiava-me por trair o meu corpo, e sentia-me numa confusão terrível por deixar isto acontecer ".

Rachel Moran

Sem comentários: