NUMA PÁTRIA...
“E agora, todo o esgotamento e dor sentido por todos nós aqui numa pátria, é o da iminência. Do rebentar desse fruto-segredo. Que se sabe ser para já. E que se sabe, duplamente ser rebentar por ele só, quando ele quiser, mas que humanamente terá, precisará da nossa ajuda - aqui na, ou como, manifestação. E é este ajudar, colaborar, serviço necessário, e perigosíssimo e irreversível, o que faz tremer. Porque tudo, nesse último momento, é frágil e indelével, e por nossas mãos ficará marcado para todo o sempre da sua vida. (Vida, como sua ulterior história, existência, vida, fazendo-se, desabrochando de novo sobre a terra.) Neste acto último de dar à luz.
É esta iminência, em dor e sangue desta hora. Numa pátria”.
Dalila Pereira da Costa, A Nau e o Graal
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