O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 22, 2021

A NOVA IDADE DAS TREVAS


Texto de Isabel Conde 

A Nova Idade das Trevas
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Mais sofisticada, tecnologicamente assistida e amparada por uma poderosa pseudo-ciência, a nova Idade das Trevas está aqui. Aqui e agora.
A obscuridade sub-reptícia que a caracteriza entrosou-se paulatinamente na mente de homens e mulheres do séc. XXI.
Tal como outrora, o poder da minoria “nobre”, a palavra hipócrita do clero e o medo e ignorância da plebe são o cadinho perfeito para justificar perseguições, inquisições, fogueiras crepitantes de carne humana. Asperge-se a humanidade com os vapores bafientos do mal.
Sob o véu opaco da falsidade, coberta com o manto pseudo-protector da iniquidade da minoria poderosa, a plebe grita “Bruxa! Queimem-na!” a todos aqueles que nobreza e clero querem silenciar.
Na praça pública, lenha empilhada e cadafalso montado, a populaça, vítima de um enorme retrocesso cultural e espiritual e de uma letargia social e económica, dominada pela insegurança, pela ignorância, pela teocracia do dinheiro e pelo medo, ouve mesmerizada os discursos dos “nobres”, vazios de conteúdo, mas empolados de arrogância. E aplaude. Dá vivas às condenações. Vai ao rubro com as execuções.
Na nova Idade das Trevas o pensamento individual foi aniquilado pelo pensamento direcionado. A narrativa conveniente matou a razão. A expressão individual foi abafada por um coro de idiotas. O discernimento foi aprisionado pela cartilha do regime. A liberdade foi agrilhoada por uma ditadura sanitária. A integridade, a seriedade e a honestidade foram envenenadas com a cicuta de Sócrates, queimadas na fogueira de Giordano Bruno, companheiras de cela de Galileu.
Mas na nova Idade das Trevas também há, aliás como houve em qualquer outra época, dissidência, resistência, insubmissão e coragem. São estas tochas, poucas e pequenas quiçá, mas bem acesas, que iluminam, aqui e acolá, a densa obscuridade das Trevas.


1 comentário:

Vânia Jones disse...

Tochas velas LED's candeeiros vários para iluminar a noite q espero sempre q passe. Tempos macabros. Só mesmo olhando o q brilha.