Fátima Oliveira Sequeira Remédios
Profundamente grata por esta maravilhosa obra.
Um legado que sana, um bálsamo que regenera, um alívio que legitima.
Para todas as mulheres que se desejem compreender, amar e sentir, esta será a obra que procuram.
Para todas as mães que amam as suas filhas, esta será, garantidamente, a obra que quererão que leiam.
Para todas as filhas e filhos da Terra, este será o testemunho que a todos curará, nutrirá e transportará a uma nova História, curando e nutrindo, em simultâneo, a própria Terra.
Sentir e apreender Lilith, através da sua experiência, foi fundamental para mim.
Procurarei integrar este valioso ensinamento e fazê-lo chegar a outras mulheres, com carinho.
Um abraço reconhecido.
Maria de Fátima Oliveira Sequeira dos Remédios
Poema inspirado na leitura do livro...
Tu
Belo ser feito de amor
De poder incandescente
Que bela vibra esplendor
Fero vulcão iminente
Quanto alívio ao ser chegado
Doce abrigo luz ardente
Profundo vale encantado
Onde se entrega a semente
Vasto domínio humidade
Que te nutre, embala, entende
Voz, a porta da verdade
De quem com ela se acende
Puro instinto de sucção
Coração comanda e chama
Avassala de emoção
Do vórtice a soberana
Sou teu vassalo assumido
Indomável criatura
Por ti me encontro perdido
Mergulhado em formosura
Vontade sua suprema
É feroz certeza minha?
Não ouses calar a Voz
Pois aqui eu sou Rainha
É atroz beleza esta?
Não queiras parar a fonte
Pois agora sou veloz
Aqui no cimo do Monte.
Fogo que sai das entranhas
Estranhas este poder?
Coragem força tamanhas
Sangue vital a correr
Loucura sã melodia
De quem sabia a razão
No terreno onde cuspia
Quem não merecia o pão
Ouve agora nessa entrega
O canto da cotovia
Não dês àquele que nega
Pois é chegado o teu dia
Que pura sabedoria
Que desvelo maltratado
Onde o dia tudo cria
Queria ver o pecado
Acaso tu negas ser
O sangue, o suor, o pûs
Esse chamado da carne
Que também teve Jesus?
Acaso negas saber
Quem te colocou na cruz
E rejeitas conhecer
Esse que em ti é de Luz?
Desvario se empodera
Dança despida ao luar
Faz do lugar a quimera
Faz dessa força o teu lar
Esconder, não! nem negar
Essência dona da vida
Foge do jugo, a dançar
Do pater não consentida
Foge do jugo, a sorrir
Liberta o peito, a cantar
Espírito nutre, que abunda
Da Terra, do caminhar
Descalça desvenda o bosque
Ri de loucura sádia
Presença crua na terra
Mulher essência bravia
Sabe o segredo do vento
Da profundeza do rio
Ouve do murmúrio o fogo
Lava que corre, num fio
Mulher completa e esguia
Líquido ouro vasante
Resplandecente energia
Reminiscente, o semblante.
És Mulher plena desejo
Há muito no horizonte
Amada dona do beijo
És tu no cimo do Monte.
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